Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

Assessoria de Imprensa da Alep

26/06/2008 14h26 | por Flávia Prazeres
O surgimento de novas tecnologias em alguns casos não suplanta antigas técnicas, como no caso da taquigrafia, sistema de escrita abreviada, adotada também na Assembléia Legislativa do Paraná para o registro das falas dos deputados, em especial, nas sessões plenárias.Ao todo são 14 profissionais, que se revezam de cinco em cinco minutos na cobertura das atividades legislativas, sendo a coordenadora, a taquigrafa, Maria Elisa Rebello, funcionária do legislativo paranaense desde 1980. Entretanto, a técnica aqui é antiga, pois foi instituída desde que a Assembléia Legislativa foi fundada, tendo como percussoras Nilce Macedo e Miriam Teixeira. De acordo com Maria Elisa para o desenvolvimento da técnica, o profissional deve ser ágil, ter muita atenção e cuidado para transcrever os diálogos registrados a fim de evitar equívocos naquilo que é falado pelos deputados. Os registros, feitos pela técnica Taylor, são transcritos nos documentos da Casa de Leis, entre eles, o Diário da Assembléia, no qual é possível acompanhar tudo o que é dito durante as sessões ou reuniões parlamentares.A taquigrafia também auxilia em muito o trabalho desenvolvido pelos jornalistas do setor de divulgação da Assembléia Legislativa, que se utilizam do material feito pelas profissionais para a confecção de matérias e repercussão daquilo que é dito, sobretudo dos discursos realizados pelos deputados na tribuna.As transcrições ou notas taquigráficas, assim denominadas por quem domina a técnica, são utilizadas também com fins jurídicos, inclusive os textos das sessões plenárias ou de audiências públicas são requisitados por deputados e membros da Justiça, como procuradores, desembargadores e promotores. Na execução dos trabalhos as taquigrafas registram algumas dificuldades, como o entendimento daquilo que é dito pelos deputados. As profissionais explicam que durante os discursos os mais variados temas são tratados, mas que na hora da transcrição para o papel a significação toma outro corpo, pois parte da fala para a escrita. Na Câmara Federal, Zulma Leite de Castro, foi a primeira profissional brasileira, tendo sido nomeada, em 1926, após concurso para a Secretaria do Senado. O aprendizado da técnica é feita através de cursos específicos, mas aqui no Paraná não há cursos, porém existem em outros estados brasileiros, como São Paulo e Rio de Janeiro. E para ingressar na carreira, o requisito mínimo é de que a pessoa tenha o ensino médio concluído, mas há ainda aqueles que exigem o ensino superior, possibilitando assim que os taquígrafos sejam revisores dos textos.HISTÓRIA – A taquigrafia já foi usada por grandes personalidades da história, entre eles, o Imperador Augusto, os Papas Pio II e III, Victor Hugo, Isaac Newton, Santo Agostinho, entre outros. O surgimento da técnica, segundo alguns estudiosos, teria sido com os hebreus, mas há ainda aqueles que defendem que a taquigrafia tenha sido criada pelos gregos. Entretanto, o primeiro sistema organizado de taquigrafia, como a concebemos hoje, ou seja, uma grafia especial por meio de sinais especiais (taquigramas), e aceito oficialmente pelos historiadores como o primeiro sistema organizado de taquigrafia, foram as "Notas Tironianas", ou "Abreviaturas Tironianas", sinais taquigráficos inventados por "Tiro" (Marco Túlio Tiro), escravo e secretário de Cícero, o grande orador e político romano.Segundo o historiador G. Sarpe, no seu livro "Prolegomena ad Tachygraphiam romanam", publicado em 1829, o primeiro apanhamento estenográfico foi feito por ocasião de um discurso de Cícero contra Verres, no ano de 70 a.C. O segundo apanhamento registrado pela História, segundo Faulmann, foi em 8 de novembro de 63 a.C., por ocasião da segunda Catilinária.

Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação