Uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná nesta terça-feira (13), promovida pelo deputado Tadeu Veneri (PT), “Em Defesa do Banco do Brasil” debateu os destinos do banco e uma possível privatização da instituição.
O objetivo, segundo o parlamentar, foi fazer uma reflexão e trocar experiências entre os deputados federais e estaduais e lideranças sindicais, que participaram. Entre elas, da CUT e de outras centrais sindicais do interior do estado e da região de Curitiba, que concordaram: o banco sofre um desmonte com redução de agências e de postos de trabalho nos últimos anos. Só em 2020, foram, 5500 demissões e fechamento de mais de mil agências em todo o país. Para Veneri, que chamou a audiência de encontro de trabalho, é urgente que se enfrente essa situação.
(Sonora)
A estimativa das federações bancárias é que desde 2016 cerca de 17 mil funcionários perderam o emprego no banco. Eles lembraram, ao logo do debate, que a atual diretoria propôs mais um Programa de Demissão ou Desligamento Voluntário (PDV) e fechamento de mais agências. O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-PR), Deonísio Schmidt, lembrou o importante papel dos bancos públicos na retomada do crescimento econômico. Segundo ele, 54% de todo o agronegócio do País é financiado pelo Banco do Brasil.
(Sobe som)
O ex-governador e ex-senador pelo Paraná, Roberto Requião, também participou. Ele enumerou três pontos que demonstram o desmonte da entidade.
(Sobe som)
A audiência contou ainda com a participação e apoio dos deputados Requião Filho (MDB), Arilson Chiorato (PT), Professor Lemos (PT), Luciana Rafagnin (PT) e Goura (PDT) e teve falas de João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa de Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), do secretário-geral da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Estado do Paraná (FEEB-PR), João Haroldo Ruiz Martins. Antônio Luís Firmino, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elizandro Paulo Krajczyk, coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Paraná (FETRAF-PR), e do presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão, Luís Marcelo Legnana. Todos reforçaram a importância do Banco do Brasil no apoio a políticas públicas das camadas menos favorecidas.