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Audiência pública debaterá uso e produção de amianto no Paraná

A comercialização, produção e uso do amianto (ou asbesto) no Paraná é tema de uma audiência pública que acontece no próximo dia 19 de outubro na Assembleia Legislativa. O evento será realizado por proposição da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, presidida pelo deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), em parceria com o Ministério Público do Trabalho. A audiência inicia às 9 horas no Plenarinho da Casa de Leis.
Cheida é autor do projeto de lei nº 76/2011, proibindo o uso e a fabricação, no Estado, de produtos que contenham amianto, e que está sendo discutido no Legislativo. “A proibição já ocorre em cinco Estados. O amianto é cancerígeno. Por isso, é vedado em mais de 50 países”, afirma o parlamentar.
De acordo com a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), “o amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas propriedades físico-químicas (alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, facilidade de ser tecida etc.), abundância na natureza e, principalmente, baixo custo, tem sido largamente utilizado na indústria”.
Saúde - A Abrea relata que “com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o amianto foi a matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos, e foi largamente empregado, atingindo seu apogeu nos esforços das primeiras e segundas guerras mundiais. Dali para frente, as epidemias de adoecimentos e vítimas levaram o mundo ‘moderno’ ao conhecimento e reconhecimento de um dos males industriais do século XX mais estudados em todo o mundo, passando a ser considerado daí em diante a ‘poeira assassina’”.
Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença crônica pulmonar de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal e o mesotelioma, tumor maligno raro e de prognóstico sombrio, que pode atingir tanto a pleura como o peritônio, e tem um período de latência em torno de 30 anos.

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