Investigar o mau uso de verbas públicas bem como o funcionamento irregular em prejuízo da sociedade paranaense das organizações não governamentais é o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs. O grupo formado por oito deputados foi instalado oficialmente na terça-feira (27), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), e tem 120 dias para concluir os trabalhos de investigação.
Eleito presidente da CPI, o deputado Ricardo Arruda (PSL), explica que tem recebido inúmeras denúncias envolvendo as atividades desenvolvidas por organizações não governamentais e que a pouca fiscalização do terceiro setor abre margem para possíveis irregularidades. “Eles arrecadam dinheiro e temos denúncias de que o dinheiro está sendo mal-usado. Então, a gente tem a obrigação de fiscalizar isso e deixar funcionando quem realmente é honesto e quem está fazendo o bem. Temos muitas ONGs sérias, mas também tem muitas que não prestam”.
O primeiro passo da Comissão será convocar os responsáveis pelas ONGs que foram alvo das denúncias já apresentadas aos parlamentares. “Afinal de contas, sempre foi destinado um dinheiro para algum objetivo a várias ONGs e nós queremos buscar a realidade, a transparência se o dinheiro que é arrecadado pela ONG está sendo aplicado com o devido objetivo que foi divulgado. Caso contrário, nós iremos denunciar”, afirmou o deputado Galo, relator da CPI das ONGs.
Presidente e relator são unânimes ao constatarem a necessidade de uma regulamentação para maior transparência no setor. “A gente vai criar uma normativa de controle das ONGs para não ficar tão solto como está”, destacou Arruda.
Também integram a Comissão os deputados Cobra Repórter (PSD), Delegado Recalcatti (PSD), Delegado Francischini (PSL), Delegado Jacovós (PL), Tercílio Turini (PPS) e Do Carmo (PSL).