A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou nesta sexta-feira (24), que a unidade frigorífica da Codapar em Guarapuava está credenciada para estocar a produção agrícola da região. Num primeiro momento, o feijão será a cultura beneficiada. De acordo com o Superintendente Regional da Conab, Lafaete Jacomel, o credenciamento leva em conta o apoio que a Codapar vem prestando ao segmento, com o programa de Pós-Colheita da Agricultura Familiar.O deputado Artagão Junior, que encaminhou o pedido à Conab em nome da Codapar e dos agricultores, disse que pelo menos 18 mil pequenos produtores serão beneficiados. “Esta é uma decisão que favorece sobremaneira os produtores rurais da região, mas também traz desenvolvimento a toda a comunidade, pois além de permitir preços justos, promove a distribuição de riquezas dentro da própria região”.Segundo Artagão, muitos produtores estavam desistindo de continuar no campo por causa da dificuldade de estocagem. O produtor era obrigado a optar entre negociar seus produtos a preços abaixo do mercado ou investir em frente para buscar em outras praças credenciadas o preço de mercado, reduzindo a margem de lucro.Para o diretor presidente da Codapar, Ney Caldas, que o quadro técnico da unidade frigorífica de Guarapuava está plenamente habilitado a executar os serviços. Conforme Caldas, são profissionais capacitados e com experiência na armazenagem de grãos, o que garante a qualidade e a quantidade do feijão. “As treze câmaras frigoríficas podem eventualmente ser utilizadas na estocagem de feijão ensacado, já que permitem alem do controle da temperatura, luminosidade e umidade adequadas, numa área com capacidade de armazenamento de aproximadamente 3 mil toneladas de feijão”, explicou.Investimento Federal – No começo do mês, o Governo Federal divulgou que vai investir cerca de 313 milhões na sua Política de Garantia de Preços Mínimos. Deste total, 190 milhões vão ser aplicados pela Conab em contratos de opção para compra nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Este tipo de contrato é uma alternativa contra os riscos de queda nos preços praticados durante a safra. Por este sistema, o governo garante a compra do produto por um preço fixado no contrato. Ao final do período contratado, o produtor pode optar por vender o grão ao governo ou buscar melhor preço no mercado, o que não vem acontecendo na região de Guarapuava por causa da dificuldade de armazenamento da produção.