29/05/2008 13h44 | por Carlos Reiss / 41 9925-4221 / carlosreiss@gmail.com
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e visitantes. Venho novamente a essa Tribuna não só para citar as obras que estão em andamento, como um projeto que nosso amigo, deputado Pugliesi, iniciou no DER, mas projetos de economicidade que foram demonstrados em mais de 4 mil km de manutenção de rodovias no Estado do Paraná. Projetos que estão sendo copiados pelos Estados de Santa Catarina e Minas Gerais, que abrangem 90% das cidades do Paraná. Já que citei na semana passado o processo de análise que o DNIT fez sobre a Linha Verde, retorno a essa Tribuna com um pedido à Mesa já autorizado de uma Audiência Pública para Terça-feira, às 10 horas da manhã, na qual estamos convidando o presidente da URBS, Sr. Paulo Schmidt, os técnicos da URBS, os diretores do DNIT e não só o Dr. David Gouvêa, incluindo os diretores da autorização que foi dada provisoriamente à Prefeitura sobre a construção da Linha Verde. Trata-se de uma análise muito criteriosa que fizemos com engenheiros, com pessoas ligadas às áreas de Urbanismo, com a área de trânsito, de ex-funcionários da URBS, ex-funcionários do IPPUC, funcionários da COMEC e do DER, demonstrando que a mudança do projeto da Linha Verde é extremamente necessária. Extremamente necessária. O congestionamento que temos neste momento, agora, às 5 horas da tarde na entrada de Curitiba deputado Romanelli, já chega a algumas filas de 2 a 3 km antes da Linha Verde. Isto sem entrar na linha que temos hoje de conflito na construção da Linha Verde. Neste momento, estou com um funcionário embaixo do viaduto que cruza a BR no sentido das praias, sentido Paranaguá. A fila, neste momento, inicia ali e vai acabar perto da Vila São Pedro. Perto das 18 horas, a fila avança e chega ao viaduto do Tarumã. Em todos os horários, não só na Linha Verde mas em todas as linhas do Binário que dão acesso à Linha Verde, vamos ter um conflito para o próximo ano e para o ano de 2010. Com a transformação única e exclusivamente da BR-476, antiga BR-116, numa avenida de Curitiba, sem os viadutos e as trincheiras que estamos batendo, teremos também realmente manifestações e movimentações milionárias. Repito, movimentações milionárias, de investimentos na Linha Verde, de grande empreendimento com 5, com 10, com 15 torres. Teremos o maior conflito de trânsito do Estado do Paraná. A BR-476, antiga BR-116 que cruza o Atuba e o Pinheirinho, tem realmente uma importância fundamental para a Região Metropolitana. É fundamental, com todo respeito que tenho ao Prefeito Beto Richa, que o projeto da Linha Verde, realmente, tenha a inclusão dos viadutos e trincheiras. Por isso, fui pontualmente falar com os engenheiros do DER sobre o custo não só das trincheiras e viadutos, mas também das passarelas que não estão contempladas no projeto da Linha Verde. Isto é, as pistas que estão alargadas, algumas com 2, com 4, com 12 pistas. Deputado Luiz Carlos Martins, meu amigo e colega, o senhor imagine uma senhora atravessando 12 pistas na BR-476 sem nenhuma passarela. Com um sinaleiro intermitente, em 80, 90 metros de distância. Vamos ter, realmente, uma seqüência de acidentes. Tomara que, realmente, esteja prevendo acidentes que não venham a acontecer. Mas tenho a convicção que os congestionamentos já são evidentes, eminentes. Necessária esse tipo de Audiência Pública, que estou pedindo a presença do nosso presidente da URBS. Quero frisar bem isso, que não estou irresponsavelmente vindo a essa Tribuna, pedindo a paralisação de uma obra. Eles podem continuar a obra, mas que haja mudança nesses trechos de conturbação e conurbação. A conurbação é a interligação dos dois lados da nossa cidade de Curitiba, que não vai haver. Eles estão alegando que nós vamos ter uma modernidade, mudança estratégica. Está sendo nesse momento um grande erro se não tivermos essas obras estruturais. Fui ao DER ,ao DNIT, falei com o Governador Requião, com o Prefeito Beto Richa. Não estou vindo aqui fazer politicagem, estou vindo aqui falar de um assunto temente a todos os cidadãos de Curitiba e Região Metropolitana. Falar dessa que seria, sem sombra de dúvida, um dos melhores projetos que teríamos em Curitiba e Região Metropolitana. Porém, transformar uma rodovia que nós conseguimos manter uma média de 60 km/h, que vai travar o sistema viário de Curitiba?Estamos tendo uma Curitiba diferenciada. Uma Curitiba que muito bem demonstrou o nosso deputado Osmar nos programas de televisão do PFL, que o trânsito, se não ocorrerem mudanças radicais em sua metodologia, teremos realmente uma cidade travada, parada. São Paulo, com dez vezes mais veículos, com dez vezes mais habitantes que a nossa Curitiba, continua tendo o ciclo de veículos na cidade com a Av. Tietê e a Av. Pinheiros sem sinaleiros e a construção de 22 viadutos em São Paulo. Por isso São Paulo, apesar de tudo, funciona: porque coloca viadutos. Tire os viadutos e coloque os sinaleiros em São Paulo. São Paulo acaba, pára, trava. É o que está acontecendo com a Linha Verde, a BR-476, e que vai se agravar ainda mais. O crescimento de 8% do número de veículos por ano em Curitiba, tendo uma frota de 1 milhão e 100 mil veículos entre capital e Região Metropolitana, não é condizente com esse projeto original. Nós discutimos os valores com o DER e quando falei na questão com o Governador Roberto Requião, ele autorizou o DER a entrar na obra caso tenha realmente a sensibilidade do Presidente da URBS.É um assunto importantíssimo a esta Casa, importantíssimo na Região Metropolitana porque o caos, o contorno que nós vamos ter e está quase chegando ao seu limite, o contorno Leste que dá acesso saindo da divisa de Campo Largo até Campina Grande do Sul, também já têm um volume de veículos extraordinário. Mas com esses sinaleiros, com a abertura da Rua Anne Frank e com os terminais que serão construídos no meio da BR-476, vamos ter, talvez, um problema insolúvel depois das obras prontas. Porque todos os pontos das obras que estamos sinalizando, que são os pontos principais na Vila São Pedro, do acesso do nosso bairro Uberaba vindo pela Universidade Católica e todos os demais afluentes, das ruas dos binários que terão acesso a partir do final do mês de agosto, nós não teremos mais condições de consertar.Na Vila São Pedro está escavada a obra onde deve ser construída a trincheira. O custo já será reduzido em no mínimo 30%, orçado por técnicos do DNIT e do DER. As obras da ponte de ligação com Uberaba também podem ser mudadas nesse momento. Incluo as ligações que ainda não foram feitas na Fagundes Varella, do Viaduto do Atuba, das ligações perpendiculares e da Brigadeiro Franco.Por isso, solicito a todos os deputados, sem cor partidária, que possam participar. Deputados da Região Metropolitana, que sabem o quanto é importante termos uma via como BR, não como avenida, na BR-476, que será o coração do trânsito de Curitiba e da Região Metropolitana. Muito obrigado, Senhor Presidente.