O líder da Oposição na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, deputado Elio Rusch(DEM), comentou nesta terça-feira(9) o desconto que a Petrobras concedeu nos preços do diesel e da gasolina. Para Rusch “a Petrobras pode fazer muito mais do que isto. Temos que nos lembrar que há um ano o barril de petróleo valia US$ 147,00, contra apenas US$ 68,00 hoje, na refinaria. Isto levou a a maior empresa brasileira a ter um ganho extra em 2008 e a estimar um lucro de R$ 35 bilhões para 2009. Entendemos que sendo estatal, a empresa pertence à sociedade. E neste caso, um lucro como este é exorbitante”. Rusch nota que “todos nós queremos o bem da Petrobrás, mas não podemos permitir que denúncias graves, inclusive de contratos milionários realizados sem licitação. Esperamos que a Comissão Parlamentar de Inquérito, criada graças à iniciativa do senador Álvaro Dias, seja efetivamente instalada e apure os fatos”. Segundo Rusch “a atitude do Governo, que neste momento, faz de tudo para sepultar esta investigação, nos dá o direito de pensar que os descontos de 15% para o diesel e 4,5% para a gasolina são apenas uma cortina de fumaça, provavelmente com medo do que possa vir a ser apurado na CPI”. EFEITOS Elio Rusch considera que “o Governo dá com uma mão e tira com a outra, já que reduz o preço na refinaria, mas aumenta a CIDE( Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Isto aumentou a tributação sobre a gasolina e anulou os efeitos do desconto. E mesmo no caso do diesel, do desconto inicial, de 15%, apenas 9% chegarão ao consumidor”. Segundo Rusch “o total dos tributos passa dos 50% Isto não é concebível, pois aumenta o custo de praticamente todos os setores da economia. A redução, ao contrário, pode ter reflexos positivos, especialmente em setores como o transporte coletivo e a agricultura”. Na opinião de Rusch “temos que elogiar a Petrobras, quando ela favorece o consumidor, como no caso deste desconto, mas é preciso reconhecer que esta iniciativa tem pequeno alcance, já que é necessário compensar os efeitos na queda do valor do barril de petróleo e a valorização do real frente ao dólar”.