O deputado estadual Elio Rusch(DEM) falou nesta quarta-feira do corte ilegal de madeira em áreas de assentamento. Segundo Rusch “o que foi relatado em reportagens da Rede Globo e do jornal Gazeta do Povo já ocorria no Paraná quando nós realizamos a CPI da Reforma Agrária, nos anos de 2004 e 2005. Nós ouvimos 20 entidades naquela ocasião e sempre tivemos a presença do representante do Ministério Público, doutor Wanderlei Batista”. Rusch lembrou que “em depoimento de Tarcísio de Souza ele denunciou que a Fazenda Araupel, que foi invadida, perdeu, entre 1996 e 2002, 10.614 hectares de mata de araucária. Mas, diferente do que fazem com outros produtores rurais o Ibama, o Iap e o Incra nada fizeram. Ninguém foi multado, autuado, ou preso, apesar do desmatamento e da venda indébita de madeira”. QUEIMADA Elio Rusch observou que “os membros da CPI constataram pessoalmente a realização de queimadas numa área onde havia araucárias em fase de pleno desenvolvimento vegetativo. Estranhamente, os órgãos e as autoridades responsáveis pela aplicação da legislação ambiental fecharam os olhos para desmandos e irregularidades. Aliás, onde estavam o Incra, o Ibama e o Iap naquele momento?”. O parlamentar lembrou que “a CPI teve representantes de vários partidos e das mais diversas ideologias. Foi um trabalho amplo, meticuloso, que nós enviamos para deputados federais, senadores, magistrados, desembargadores. E no relatório final da CPI constam inúmeras conclusões e várias denúncias. A história se repete, quase cinco anos depois e algumas providências, tão necessárias, ainda não foram tomadas”.