O líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Elio Rusch(DEM) demonstrou grande apreensão ao saber do desligamento de todas as 20 turbinas de Itaipu, ocorrido na noite de terça(10/11). Para ele, “um episódio como este pode levar o Brasil ao caos, já que a usina abastece os Estados que lideram a economia brasileira”. Segundo Rusch “os principais Estados brasileiros tiveram de volta o fantasma do apagão, que não ocorria desde 2001. Isto é uma grande ameaça para a nossa economia. E tem péssima repercussão sobre a imagem do Brasil no Exterior”. Rusch considerou inconcebível que Itaipu, uma usina de bilhões de dólares leve tanto tempo para saber onde está o início do problema. Com as modernas tecnologias de informação ela teria condições, se quisesse, de monitoriar não só a usina, como também as linhas de transmissão e as sub-estações em tempo real. Não dá pra entender por que motivo um investimento deste tipo ainda não foi feito. INFRA-ESTRUTURA O parlamentar observou ainda que “durante algumas de suas entrevistas para tentar explicar o fato, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional falou muito. Segundo ele foram feitos investimentos em usinas hidroelétricas, termelétricas a gás, mas nada disso desculpa a brusca interrupção de forneciemnto que deixou hospitais sem luz, pessoas presas em trens, metrôs e centenas de cidades às escuras”. Elio Rusch nota que “o atual Governo teve 7 anos à frente dos destinos do Brasil e mesmo após esse tempo todos, muitas das obras de infra-estrutura que deveriam ter sido feitas não saíram do papel. E isto não diz respeito, apenas, ao setor de energia. Afeta igualmente toda a área de transportes, o saneamento e a habitação”. PREVENÇÃO Para Rusch “é preciso prevenir os apagões, seja da Itaipu, seja de outras usinas. Isto deve ser feito com base em uma ampla estrutura de informação que envolva todo o sistema de energia. E , em razão dos fenômenos naturais que tem ocorrido recentemente, é preciso contar com o apoio de especialistas, já que vendavais estão se tornando comuns em nosso país”.