O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Elio Rusch(DEM) qualificou de “extremamente infelizes” as colocações sobre investimentos em segurança pública, que o secretário Luiz Fernando Delazari fez na Escola de Governo desta semana. Ele entende que “não é justo que o secretário dê uma declaração destas, já que os números do balanço do Governo do Estado o desmentem”. Para Rusch “o valor gasto pode ter sido maior, em valores absolutos, mas a parcela do Orçamento do Estado que vem sendo gasta com segurança pública vem caindo sistematicamente desde 2002. Aliás, de 2003 a 2008 os percentuais aplicados foram sempre menores que no último ano da administração encerrada em 2002”. Elio relatou que “em 2002, com uma receita tributária de 6,295 bilhões de reais, 654 milhões foram destinados á Segurança Pública, ou 10,39%. No ano seguinte foram 9,06%; em 2004, 3,41%; em 2005, 8,81%; em 2006, 9,59%; Em 2007 a aplicação caiu para 8,88% e em 2008 apenas 8,45%”. ORÇAMENTO MAIOR Rusch nota que “em nenhum, destes quase sete anos de Governo Requião foi gasto perecentualmente mais que em 2002, mesmo com um orçamento significativamente maior. Nós levantamos os dados, a partir do balanço anual do Governo do Estado, pois o orçamento é uma meta, uma ficção, que nem sempre vai ser executada, já que ele estima a receita e fixa a despesa”. Segundo Rusch “a receita tributária em 2008 foi de 13,646 bilhões, mas o gasto em segurança pública foi 1,153 bilhão de reais (8,45%). “. Para Elio Rusch “a realidade da segurança é uma, mas o secretário Luiz Fernando Delazari pinta outra completamente diferente. Há problemas sérios a resolver. Temos a questão dos IMLs, as cadeias superlotadas, o pequeno efetivo das polícias Civil e Militar e tantas outras questões que exigem resposta imediata por parte do Poder Público, mas este Governo prefere culpar o passado”. O parlamentar acentuou que “o atual Governo tenta culpar o antecessor. Mas o mandato anterior(2003-2006) foi comandado pelo próprio Roberto Requião. E se ele não culpasse Jaime Lerner provavelmente estaria tentando transferir a responsabilidade pelos problemas do Estado para José Richa, Alvaro Dias, Jaime Canet, ou , quem sabe, Moysés Lupion”.