O deputado Luiz Eduardo Cheida manifestou-se ontem no Plenário da Assembléia plenamente favorável a reativação do chamado “trem pé vermelho”, um trem de passageiros que liga Londrina à Maringá, no norte do estado. A proposta é exequível, segundo o “Estudo de viabilidade técnico-econômica de sistemas de transporte ferroviário de passageiros de interesse regional”, encomendado pelo BNDES à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O trabalho apontou a existência de nove trechos viáveis, em todo o Brasil, sendo um dos mais promissores justamente o que liga Londrina e Maringá. Ainda conforme o estudo, a região "possui um padrão de desenvolvimento social e econômico dos mais elevados do país".Em seu pronunciamento, Cheida lamentou que o modal ferroviário fosse, ao longo do tempo, substituído pelas rodovias. “Foram dois os resultados disso: o Brasil é o campeão em acidentes de trânsito, que matam 45 mil brasileiros por ano – o equivalente ao número de mortos na Guerra do Vietnã -, e temos uma das frotas mais poluidoras do mundo”, disse. O deputado afirmou que o trem de passageiros ligando Londrina e Maringá – distantes apenas cem quilômetros entre si - faz o Paraná voltar a ser uma exceção positiva no cenário brasileiro. Além disso, contribui para um movimento que há muito Cheida defende: a sinergia entre as duas cidades, em prol da construção de uma agenda mútua que valorize suas identidades em comum – perfil universitário, prosperidade, investimentos em tecnologia e respeito às leis ambientais. Para Cheida, essa sinergia, se devidamente consolidada, é capaz de alavancar a região como vitrine para investidores de outros estados e além-fronteiras. O trem de passageiros surge como elemento catalisador nesse sentido, na medida em que, conforme o estudo da Coppe/UFRJ, beneficia treze Municípios da região. Hoje, uma reunião coordenada pela Ferroeste vai reunir representantes do Departamento de Relações Institucionais da Secretaria de Política Nacional de Transportes (SPNT); do Ministério Público Federal e das Prefeituras dos treze Municípios envolvidos no projeto. “Esta será uma reunião de trabalho, entre o governo do Estado, a região e o Ministério dos Transportes para estabelecer objetivos, definir responsabilidades e fixar prazos para a implantação do trem¨, diz Samuel Gomes, presidente da Ferroeste.