Trabalhar com emendas coletivas para garantir que as sugestões do legislativo sejam respeitadas no Orçamento do Estado. Esta foi a síntese da defesa do deputado Valdir Rossoni (PSDB), durante a audiência pública do Orçamento de 2006, realizada ontem na Assembléia. “O Orçamento é uma peça de ficção. Por maior que seja o esforço da equipe que o elabora, quando chega na hora da execução é feita apenas a vontade do governo e parece que o legislativo fica de lado nesta situação”, avaliou Rossoni. A principal razão para isso, de acordo com o deputado, é o fato dos parlamentares insistirem em trabalhar individualmente. “É preciso abrir a discussão para fazer emendas coletivas. Seremos muito mais produtivos e respeitados, além de colaborar com o Estado na elaboração de um orçamento realista que atenda as necessidades mais prementes da nossa sociedade”, prevê.Por isso, ele sugeriu que o trabalho de elaboração do orçamento seja coroado com uma reunião com os parlamentares para que na elaboração destas emendas não sejam motivados pelo bel prazer de agradar o eleitor, para angariar votos, mas sim com o objetivo de ajudar o Estado para executar a obra que é necessária. “É muito mais importante para a região garantir a obrigação do Estado de reformar um posto de saúde que esteja caindo do que fazer uma emenda política pedindo praças e ginásios de esportes”, exemplificou.O deputado Marcos Isfer (PPS), relator da Comissão de Orçamento da Assembléia, disse que será feita uma ampla discussão com os todos os parlamentares para orientar e assim tentar garantir as principais demandas de cada região.
