Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 18/11/05Assessoria de Imprensa Plauto MiróNa segunda-feira (21) o secretário da saúde, Claudio Xavier, presta esclarecimentos sobre a saúde pública aos deputados estaduais Na segunda-feira (21) o secretário estadual da saúde, Claudio Xavier, presta esclarecimentos aos deputados estaduais na Assembléia Legislativa. O secretário foi convocado após requerimento apresentado pelo deputado Plauto Miró Guimarães (PFL) que pedia informações sobre a denúncia da morte de 1028 pessoas nos últimos 12 meses devido a falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Paraná. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça, Fuad Faraj, que também foi convocado para prestar esclarecimentos. De acordo com Plauto Miró, “o secretário terá que explicar como tendo um orçamento de R$ 1 bilhão, conforme atesta o Governo, tantas pessoas estão morrendo no Estado”, questiona o deputado. “Há tempos estamos alertando para o grave problema da saúde pública no Paraná, alertando para os números da mortandade nos Campos Gerais, no Norte e no Oeste, e pouco tem sido feito. Apenas investimentos em publicidade”, destacou o deputado. Segundo o secretário Xavier os registros de mortes não são oficiais e não significa que as pessoas morreram por falta de vagas nas UTIs. Mais de um terço dos leitos de UTIs teriam sido credenciados ou reclassificados na atual gestão, conforme matéria divulgada pela Agência Estadual de Notícias. Ainda segundo a agência, ao todo, existem 933 leitos cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e para garantir efetivamente o atendimento à população 103 leitos da rede particular estão disponíveis para atender o sistema público, totalizando 1.032 leitos de UTI no Estado. NÚMEROS - Contudo, Plauto atenta para o fato de que o promotor Fuad Faraj, em recentes entrevistas aos veículos de comunicação do Estado, defende a intervenção do Ministério da Saúde no Paraná e ressalta que somente na cidade de Ponta Grossa, de agosto de 2003 até outubro de 2005, 104 pessoas morreram no Pronto Socorro Municipal, esperando vagas em UTIs. “Esses números não foram inventados, são dados da Promotoria de Defesa e Proteção da Saúde Pública”, explica Guimarães. O deputado diz ainda que o secretário deverá apresentar respostas convincentes para os deputados estaduais. “É difícil imaginar que o Estado que esteja gastando quase R$ 150 milhões em publicidade somente em 2005, inclusive para divulgar os feitos da área da saúde, não esteja fazendo nada para impedir as mortes nas filas das UTIs”, ressalta.