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Exploração do gás de xisto e seus impactos ambientais motivaram audiência pública na Assembleia

Uma audiência pública sobre a exploração do gás de xisto e os possíveis riscos decorrentes à segurança hídrica, agrícola e ambiental foi realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta sexta-feira (6). A reunião foi proposta pelo deputado Rasca Rodrigues (PV), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, com a participação de representantes da Itaipu Binacional, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), da Federação Paranaense de Entidades Ambientalistas do Paraná (Fepam), além de lideranças de entidades e movimentos ambientalistas e acadêmicos.

O objetivo do encontro, conforme reiterou o deputado, é alertar a sociedade e provocar o Paraná a marcar uma posição mais enfática a respeito do tema, inclusive com o pedido da suspensão ou moratória, entre cinco a dez anos, da exploração comercial do gás de xisto. A proposta contraria o resultado de leilão recentemente promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). O mesmo debate está em andamento no Congresso Nacional, com apelos para que o processo seja interrompido. No Paraná, quatro blocos de exploração estão previstos.

“É importante que a gente leve esta discussão adiante, especialmente buscando a moratória”, analisou Rasca, ao destacar ainda a existência de outras alternativas energéticas. “Temos o biogás, que é um caminho em relação àquilo que produzimos, como resultado da matéria orgânica. Portanto, temos que debater com profundidade este assunto, lembrando inclusive do retorno econômico envolvido nesta questão do gás de xisto”, afirmou.

Na opinião do superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley, a audiência pública será um instrumento de repercussão e de manifestação do Paraná acerca dos impactos ambientais da exploração do gás xisto. “É um debate envolvendo o tecido social e econômico, porque existe uma ilusão e uma promessa nos potenciais de exploração. Mas o impacto ambiental será muito grande, com a perspectiva de contaminação das nossas águas”, disse.

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