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Os prejuízos gerados pelo embargo da União Europeia à exportação de frango brasileiro e as medidas que devem ser adotadas para minimizar os impactos aos produtores paranaenses foram os temas da reunião desta segunda-feira (07) da Frente Parlamentar formada na Assembleia Legislativa do Paraná para monitorar a situação.
A justificativa apresentada para impedir a importação da carne de frango salgada produzida em 20 unidades brasileiras, sendo oito instaladas no Paraná, foi a possível deficiência no sistema brasileiro de controle sanitário. No entanto, o Paraná mantem o monitoramento constante da carne produzida no estado e, segundo o gerente de Saúde Animal da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Rafael Gonçalves Dias, nunca foi detectada nenhuma anomalia que colocasse em dúvida a qualidade do produto.
Para o deputado Elio Rusch (DEM), que comandou a reunião, trata-se de uma barreira comercial e não sanitária. Por isso, a importância de unir esforços para defender o produtor paranaense.
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Segundo o superintendente Federal de Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas, uma série de medidas já foi adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para aprimorar a fiscalização federal na tentativa de reverter o embargo. Paralelamente, o assunto será encaminhado à Organização Mundial do Comércio.
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Além do embargo, a avicultura paranaense sofre com a queda de 18% no consumo do produto registrada nos últimos oito anos, o aumento no preço do milho e a perda de competitividade na União Europeia para países com melhores preços, como a Tailândia.
Entre as ações sugeridas para minimizar a crise no setor está a renegociação de dívidas com financiamentos de custeio e investimento, a revisão de tarifas de energia elétrica, a implantação de um sistema de layoff para suspensão temporária de contratos de trabalho e a manutenção da desoneração da folha de pagamento para o setor.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.