No ano que Roberto Requião deixou o governo do Estado pela primeira vez (1994) o Paraná se tornou o primeiro porto graneleiro do País, superando o Porto de Santos. Paranaguá manteve essa liderança durante nove anos. No ano que Roberto Requião voltou a governar o Paraná (2003), Paranaguá perdeu essa primazia de quase uma década para Santos. Será que isso é uma coincidência? A indagação é do deputado Valdir Rossoni, do PSDB, líder da oposição na Assembléia.Rossoni aponta recente matéria do jornal Valor Econômico (14/11) para afirmar que a decadência de Paranaguá e o surto de prosperidade que acomete o Porto de Santos, em São Paulo, e o Porto de São Francisco, em Santa Catarina têm tudo a ver com desatinos cometidos pelo governo do Paraná na administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Entre eles destacou a decisão de proibir os embarques de soja geneticamente modificada o que levou que esse tipo de produto fosse embarcado por Santos e São Francisco. O deputado Valdir Rossoni destaca que a tendência que percebe no levantamento produzido pelo jornal Valor é preocupante. Paranaguá não apenas perdeu a liderança da exportação de soja para Santos como o percentual da participação do porto paulista na exportação desse tipo de carga vem aumentando. Santos exportou 29,2% do total da soja exportada pelo Brasil em 2003. Em 2004, essa participação saltou para 33%.