Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

"requião Desconfia da Própria Equipe", Afirma Rossoni

“O governador Requião parece desconfiar que está cercado de corruptos, mas como não tem coragem de demitir os suspeitos está inviabilizando a administração pública do Estado”. A declaração é do líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni, PSDB, ao comentar um decreto do governador que limita a R$ 100 mil a quantia que um secretário de Estado pode movimentar sem pedir autorização ao governador.Rossoni disse que parece brincadeira que, num Estado com um orçamento de R$ 17.300.000.000,00 (dezessete bilhões) os secretários de Estado e presidentes de empresas públicas só tenham autonomia para gastar até R$ 100.000,00 (cem mil) sem pedir permissão ao governador. “Uma situação ridícula dessas emperra toda a máquina administrativa, pois qualquer despesa maior precisa passar pelo governador que terá o seu tempo todo ocupado esquadrinhando milhares de autorizações de despesas” diz Rossoni“.O deputado afirma que essa situação já teve conseqüências dramáticas. Como aquela que todos assistimos com a passeata dos portadores do mal de Parkinson, que foram até o Palácio Iguaçu cobrar os remédios que precisam para viver com um mínimo de dignidade. Tudo porque Requião – suspeitando da honestidade de seus auxiliares na área da saúde – centralizou a compra de medicamentos.Rossoni fez um apelo para que o governador tome coragem e demita todos os auxiliares dos quais suspeita. “O Paraná não pode pagar – com o atraso administrativo e o sofrimento de seu povo – as más escolhas que o governador fez quando montou sua equipe de governo”, finalizou. Auxiliares de Requião podem gastar de R$ 10 mil até R$ 100 mil Pelo Decreto 848 os auxiliares do governador Roberto Requião podem gastar, sem pedir autorização ao governador, de R$ 10 mil a R$ 100 mil, dependendo do grau hierárquico do servidor. Podem gastar até R$ 10 mil (dirigentes de Órgãos do Regime Especial, o comandante geral da Polícia Militar, o delegado geral da Polícia Civil e os superintendentes regionais do DER); até R$ 25 mil (diretores de empresas públicas das autarquias e diretor do DEAM); até R$ 50 mil (diretor geral do DER) e, finalmente, até R$ 100 mil (os secretários de Estado e o procurador geral do Estado).A preocupação de Requião em limitar a capacidade de efetuar gastos livremente por seus auxiliares é prejudicada pela forma tortuosa e imperfeita com que os decretos do governo estadual são redigidos. O Decreto 848, por exemplo, estabelece que “deverão ser submetidos à prévia e expressa autorização do governador do Estado, de acordo com os valores e competências estabelecidos a seguir”. Na seqüência se especifica que os valores que devem ser submetidos ao governador são “até” R$ 100 mil, 50 mil, 25 mil e R$ 10 mil, o que permite a interpretação que a partir desses valores os gastos estão liberados.
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação