A Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa obteve ontem novas informações a respeito da viabilidade da compra de 60% de ações da UEG, em posse da El Paso. A proposta, oriunda do Executivo, está em trâmite na Casa e deve entrar na pauta de votações em breve. Se aprovada pelos parlamentares, a negociação vai transformar a Copel em acionista majoritária, com 80% do capital social da usina termoelétrica de Araucária.Na avaliação do deputado Reni Pereira (PSB), é preciso cautela para analisar se a compra pode trazer prejuízos financeiros aos cofres públicos, visto que o valor a ser investido na compra, segundo o texto enviado pelo governo, é de US$190 milhões. Convocado pela comissão para falar em nome da ex-fornecedora de gás da UEG, o presidente da Compagás Luiz Carlos Meinerdes afirmou que a Copel já possui dívidas com empresa na ordem de R$425 milhões, fruto do contrato que garante o pagamento ao fornecedor do produto, mesmo que não utilizado. “É preciso ficar claro se essa dívida está contabilizada no valor da compra apresentada pelo governo”, ressaltou Reni Pereira. O parlamentar também questionou se apenas a Copel, detentora de 20% das ações, é a única devedora. “A El Paso e a Petrobras também são acionistas”, pontuou. Segundo Reni, a comissão precisa saber se a divida contratual é proporcional à participação da Copel na empresa. “O Legislativo precisa ver se por trás da divida não existe um prejuízo ainda maior. Tivemos conhecimento de que a Copel já assumiu dívidas devido ao gás não utilizado”, alertou. Na manhã de hoje (02/05), os deputados Neivo Beraldin, Plauto Miro, Elton Welter e Reni Pereira vistoriaram as instalações da usina em araucária onde verificaram outros importantes itens para elaboração do relatório.GÁS BOLIVIANOOutra preocupação do parlamentar com a compra de ações da El Paso é uma possível suspensão do fornecimento do gás boliviano, como retaliação do governo brasileiro à decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de romper contrato com a Petrobras. O país pretende nacionalizar a produção de petróleo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já estuda medidas de reação ao decreto boliviano. Fonte: Assessoria de ImprensaGabinete do Deputado Reni Pereiraassessoria@renipereira.com.br41 32541018 / 32541019fotos: www.renipereira.com.br
