O deputado estadual Élio Rusch(PFL) e os demais deputados da bancada de Oposiçao usaram a tribuna da Assembléia Legislativa para criticar a aprovação em primeira discussão do projeto de autarquização da Emater, mesmo com parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça. Segundo Rusch “não se pode engessar uma companhia que é responsável, em grande parte, pela modernidade da economia paranaense, que garante máxima produtividade ao campo, que nos permitiu avançar muito nos últimos 50 anos, seja nas áreas de pesquisa, seja nos programas de microbacias,sanidade animal, extensão rural e tantos outros”. Rusch questionou onde estão sendo feitos os investimentos do Governo do Estado. Segundo ele “o governador promete muitas coisas e não cumpre, fala em investimentos expressivos e quando nós vamos ver, na realidade, as coisas são bem diferentes.” Élio Rusch recordou que o próprio secretário da Fazenda Heron Arzua desmentiu a propaganda oficial. Enquanto o Governo falava que gastava quase 35% em educação ele dizia que eram apenas 27%, sendo que na educação básica-onde são obrigatórios gastos de 25%- eram pouco mais de 20%. Citou também os comerciais que falam em 1 bilhão de reais em gastos na saúde, mas que ninguém está vendo. ”. EFICIENCIA Para Élio Rusch “a Emater é um símbolo de eficiência e não deve ser submetida a uma administração política apenas porque alguns dos seus técnicos não comungam dos mesmos ideais político-partidários do governador ou do presidente da empresa”. Na opinião de Élio Rusch “é preciso prevenir a população paranaense sobre a manipulação política que o Governo tenta fazer da empresa. Não é verdade que os técnicos da Emater ganham demais. Eles ganham salários justos. E a administração estadual tem vários instrumentos para limitar o ganho dos servidores, basta cumprir as leis. Na verdade o que move o governador neste processo são as eleições do ano que vem pois ele não tem vinculos com o agronegócio e sabe que terá pela frente um dos grandes defensores da agropecuária paranaense ”. A bancada de Oposição deve oferecer emendas ao projeto na segunda discussão.JOSILIANO DE MELLO MURBACH Jornalista – FENAJ 1408 – Fone 3350-4059