Como resposta à denúncia feita no último dia 4 de junho pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, deputado Paranhos (PSC), a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) informou a adoção de uma série de medidas, entre as quais a apreensão cautelar e coleta do lote (de março) do leite da marca Polly, para as devidas análises.
No último dia 4, o deputado Paranhos entregou pessoalmente à Divisão de Alimentos da Vigilância Sanitária, uma caixa do leite com sinais de contaminação ou adulteração – a caixa estava estufada, mesmo estando dentro do prazo de validade – e pediu providências. Várias caixas do leite, comprado pela dona de casa Odete Silva, de Cascavel, apresentaram problemas e uma delas chegou a “explodir”.
No ofício encaminhando pela SESA, o secretário Michele Caputo Neto informa que as análises laboratoriais do Lacen foram inviabilizadas em razão da alteração da amostra. Entretanto, o Lacen conclui que “entende-se por produto alterado ou deteriorado, segundo resolução RDC N° 12/2001 da Anvisa, o que apresenta alteração ou deterioração físicas, químicas e ou organolépticas, em decorrência da ação de microorganismos ou por reações físicas ou químicas”. Nestes casos, explica o Lacen, as intervenções legais e penalidades cabíveis não dependem das análises e de laudos laboratoriais.
A Comissão de Defesa do Consumidor já fez contato com a dona de casa Odete Silva e solicitou outras três embalagens do mesmo leite e mesmo lote, que serão entregues na próxima semana à Divisão de Alimentos da SESA. “A Confepar, responsável pelo leite Polly, embalou em Londrina produto adquirido no Rio Grande do Sul, estado onde houve comprovação de adulteração de leite em recente operação da Polícia Federal. A nossa ação visa apenas garantir a proteção dos consumidores paranaenses”, explica Paranhos.