O projeto que permite a venda e o consumo de cerveja e chope nos estádios e nas arenas esportivas foi retirado da pauta de votação desta segunda-feira (12) da Assembleia Legislativa. O 1º vice-presidente, deputado Guto Silva (PSD), informou que tomou a decisão, a pedido dos autores, porque o presidente Ademar Traiano (PSDB) e outros parlamentares estavam ausentes da sessão em função de viagem em missão oficial, e que preferia deixar para uma data em que todos estivessem presentes.
Um dos 11 autores da proposta, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), Líder do Governo, diz que a proposta é polêmica e precisa ser debatida entre tosos os parlamentares.
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Além de Romanelli, os outros parlamentares que assinam o projeto são: Alexandre Curi (PSB), Stéphanes Junior (PSB), Tiago Amaral (PSB), Ademir Bier (PMDB), e Anibelli Neto (PMDB). Pedro Lupion (DEM), Nelson Justus (DEM) Marcio Pauliki (PDT), Fernando Scanavaca (PDT) e Marcio Nunes (PSD).
Com exceção da Copa do Mundo de 2014, já são dez anos que no Paraná é proibido vender e consumir bebidas alcóolicas nos estádios. Alguns estados elaboraram leis próprias para permitir a venda. Caso de Minas Gerais. Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar/PR), Fábio Aguayo, é importante que o Plenário esteja cheio para a votação, porque o projeto traz benefícios não apenas aos clubes, mas também para a geração de empregos, renda e investimentos. Hoje são cerca de 400 os espaços que podem ser ocupados por estabelecimentos nas arenas de futebol do estado. Ele diz que o adiamento demonstra a relevância do projeto, não apenas para as empresas do setor, mas para os clubes e cidadãos de bem que vão aos estádios. Para Aguayo, a justificativa dos críticos à proposta de que a liberação de bebidas aumentaria a violência não se sustenta.
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Outras nove propostas estavam na Ordem do Dia desta segunda-feira. Em redação final, a que obriga hotéis e locais de hospedagem a informarem, no ato da reserva, os preços, além das diárias, dos serviços e taxas adicionais relacionadas aos produtos oferecidos aos hóspedes, do deputado Gilberto Ribeiro (PRB) e o projeto que institui a Região Turística vale do Ivaí, da deputada Cláudia Pereira (PSC).
Também foi aprovado, mas em terceira discussão, o projeto do deputado Gílson de Souza (PSC), que prevê que as salas de cinema do Paraná exibam informes publicitários de esclarecimento sobre os malefícios do uso de drogas ilícitas e os prejuízos que o abuso de drogas lícitas (como cigarro e álcool), podem trazer aos consumidores.
Em segunda discussão, os parlamentares aprovaram a proposta do deputado Tercílio Turini (PPS), que concede o título de “Cidade Berço da Pastoral da Criança” ao município de Florestópolis. E em primeira discussão, foi aprovado o projeto do Tribunal de Justiça, que prevê mudanças no Funrejus (Fundo de Reequipamento do Poder Judiciário).
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.