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Agricultora da Zona Rural de Araucária Rouba a Cena Na Assembléia

Em meio a tantas homenagens ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, um discurso em especial sensibilizou a Assembléia Legislativa do Paraná. A história, narrada pela deputada Rosane Ferreira, que conta a vida de dona Engelberta Gawlak Furman, uma agricultora simples da localidade de Lagoa Suja, zona rural do município de Araucária.“Escolhi dona Engeberta porque ela representa um segmento da sociedade brasileira que a maioria pessoas não conhece: a mulher da zona rural. Há algum tempo venho batendo nessa tecla. As mulheres agricultoras foram as primeiras a terem dupla ou tripla jornada de trabalho, pois fazem as tarefas domésticas e vão para roça com seus filhos em balaios para ajudar os maridos”, diz Rosane. A deputada lembra que nos 399 municípios paranaenses há 369 mil estabelecimentos rurais, onde vivem 1,7 milhão de habitantes. “Destes, mais de 841 mil são mulheres”, afirma Rosane. Em Araucária, estima-se que mais de 3 mil mulheres trabalham ao lado dos maridos na lavoura. “Precisamos dar mais visibilidade ao cotidiano e desafios enfrentados por estas mulheres”, diz Rosane. Filha de agricultores, Engeberta é uma mulher polivalente. Desde criança trabalha na lavoura, primeiro ajudando os pais e depois o marido. Aos 16 anos, começou a lecionar na Escola Estadual Adão Zorek, em turma multisseriada de 1ª a 4ª série. Guerreira, e continuou a trabalhar na agricultura mesmo depois da morte prematura do marido, quando ela tinha apenas 43 anos.Hoje, aos 65 anos, dona Engeberta continua polivalente. Atua como conselheira de Saúde, coordenadora de grupos de reflexão, faz dinâmicas familiares e é secretária da diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais de Araucária. Também participa ativamente dos encontros e festejos em sua comunidade, sempre buscando a promoção da Educação, Saúde e Cultura.O exemplo de vida emocionou os presentes. Ao fim da cerimônia, ela foi a mulher mais procurada pelos parlamentares para receber os parabéns pelo Dia Internacional da Mulher. “A gente fica emocionada, até porque não faz as coisas pensando em reconhecimento, mas sim porque ajudar o próximo é o dever de todos. A gente não pode desanimar nunca”, agradeceu Engeberta. Estiveram na Assembléia para acompanhar a homenagem as filhas Alice Furman, Hilária Furman, a netinha Maria Eduarda, Daniel e Maristela Furman e o tio de Engeberta, Albino Gawlak. Também estiveram presentes as agricultoras Catarina Nallepa, do Guajuvira, e Maria Czanowski, do Campestre. “Já está mais do que na hora de reconhecermos o papel da mulher na agricultura”, disse Rosane.
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