Ativistas da causa do autismo participam de sessão plenária da Alep e pedem apoio aos deputados Participantes de seminário na Alep, elas lutam contra a invisibilidade dos autistas e defendem respeito aos direitos dos portadores da síndrome.

16/04/2018 15h23 | por Rodrigo Rossi
Berenice Piana.

Berenice Piana.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Berenice Piana.

Os deputados estaduais acompanharam as considerações sobre o transtorno do espectro autista durante os quinze minutos destinados ao Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (16), com manifestações de três ativistas e mães de autistas, por proposição do deputado Péricles de Mello (PT).

A coordenadora da Clínica Escola de Autismo e incentivadora da Lei federal nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que instituiu a política nacional de proteção aos direitos da pessoa com autismo, Berenice Piana, lembrou que a previsão, conforme organismos internacionais, é de que metade da população já seja autista em 2025. “Hoje, de cada 36 nascimentos, um é de autista. E isso vai atingir metade da população, sendo que um dos principais motivos é um herbicida presente nos alimentos que ingerimos. Muitas pessoas autistas vivem esquecidas e isso atinge também a família e a sociedade. Os dados são alarmantes e precisamos mudar essa realidade”.

Apresentando sua experiência pessoal e o conhecimento da avançada legislação na Holanda sobre a proteção aos direitos dos autistas, país onde vive há mais de 30 anos, a jornalista Fátima de Kwant disse que as ações do poder público brasileiro devem ser cada vez mais efetivas. “Se as políticas públicas lá deram certo e ajudaram o meu filho, não posso deixar de acreditar que alguma coisa possa ser feita também aqui no Brasil. É uma questão que pode atingir todas as pessoas e elas merecem esse respeito”.

Sair da invisibilidade e garantir direitos às pessoas com autismo foram as metas defendidas pela escritora Kenya Diehl. Ela também é autista e mãe de autista. “O autismo precisa de atenção de todos, precisa deixar de ser invisível. Que as pessoas sejam vistas e aceitas como elas realmente são. Posso ser diferente, mas não sou incapaz”, assegura.

Apoio – O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), ressaltou a importância da discussão e da abertura da Casa, ao sediar o seminário. “Parabenizo as nossas mães, que são sensíveis e aqui fizeram as manifestações em nome desta nobre causa. Sem dúvida alguma as políticas públicas precisam atender com dignidade estas pessoas. Contem sempre com a Assembleia Legislativa para o apoio necessário”, afirmou.

 

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