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Audiência pública na Alep discute alta incidência de câncer colorretal e a importância da sua prevenção Evento reuniu especialistas que destacaram a importância do diagnóstico precoce deste câncer – o segundo com maior incidência entre mulheres.

16/10/2018 12h00 | por Rodrigo Rossi
Programa de Rádio Assembléia entrevista Elton Niedzwiedz.

Programa de Rádio Assembléia entrevista Elton Niedzwiedz.Créditos: Ana Luzia Mikos

Programa de Rádio Assembléia entrevista Elton Niedzwiedz.
Como parte das ações do Outubro Rosa, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realizou audiência pública na manhã desta terça-feira (16) para discutir o câncer colorretal e a importância de sua prevenção. Por proposição da deputada Cantora Mara Lima (PSC), médicos e especialistas estiveram durante a manhã no Plenarinho da Casa para ressaltar a importância do diagnóstico precoce para a redução drástica dos casos e do número de mortes em razão da doença.

De acordo com dados deste ano do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal é o segundo com maior incidência em mulheres e o terceiro em incidência nos homens, ficando atrás do câncer de mama, de próstata e pulmão, respectivamente. “Por isso a necessidade e a importância de fazermos o diagnóstico precoce, pois é uma doença silenciosa. Muitas pessoas procuram o médico quando estão com dor, quando os sintomas já aparecem. E o procedimento para o tratamento deste tipo de câncer não é simples, embora possa ser evitado e curado se descoberto ainda no início”, afirmou o cirurgião oncologista Jefferson Matana. A estimativa é de que ao ano sejam diagnosticados 36 mil novos casos deste tipo de câncer. Para o especialista, 75% são benignos, e se diagnosticados ainda no início, podem ser perfeitamente curados. A recomendação é de que pessoas com 45 anos já procurem fazer exames preventivos.

Dentre alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença, o especialista aponta o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e de carne vermelha, além da hereditariedade.

Para a professora do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Paraná e chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital de Clínicas (HC), Maria Cristina Sartor, mil pessoas atualmente estão na fila para o exame. E a especialista faz alguns apontamentos sobre os problemas do sistema de atendimento. “Temos alguns problemas. É que nas unidades de saúde os profissionais por vezes fazem apenas uma verificação superficial. Se não há sangramento, dificilmente se encaminha o paciente para uma investigação mais adequada. E o exame de colonoscopia é o mais adequado para isso. Em muitos casos, sequer há sangramento. Por isso, reforçamos a importância do exame preventivo”, ponderou.

Outubro Rosa – Chamar a atenção da população para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer colorretal é também um dos papeis do poder público. Na opinião do diretor técnico do Hospital Erasto Gaertner, Willian Itikawa, iniciativas como a da Assembleia Legislativa do Paraná são fundamentais. “Discussões como essas levam informação e aproveitamos o Outubro Rosa para levantar este assunto, de mobilização e esclarecimento. Com isso, aumentamos a prevenção e o impacto dos custos na saúde pública é minorado. Sai mais barato e salvamos muitas vidas. Parabenizo esta abertura na Assembleia e entendo que podemos incluir este tema na campanha do Outubro Rosa”.

Para a deputada Cantora Mara Lima, os resultados da discussão e os apontamentos levantados serão importantes para a elaboração de novas propostas de conscientização sobre a relevância dos exames periódicos. “Esse quadro da segunda doença que mais atinge as mulheres é alarmante e por isso trouxemos para a Casa o debate, inclusive pensando em ações que possam dar uma resposta do ponto de vista legislativo”, disse a deputada.

O deputado Dr. Batista (PMN) também elogiou a reunião, especialmente pela presença de profissionais de destaque na área de oncologia. “São profissionais capacitados que nos trazem informação e conhecimento, porque é fundamental a prevenção do câncer e o seu tratamento na sua fase inicial”, avaliou.

Também participaram da audiência representantes da Defensoria Pública do Paraná e da Associação de Entidades de Mulheres do Paraná.

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