Bailarinos e músicos do Teatro Guaíra recebem apoio da Comissão de Cultura

22/08/2016 18h44 | por Kharina Guimarães
Reunião da Comissão de Cultura 22/08/2016

Reunião da Comissão de Cultura 22/08/2016Créditos: Dálie Felberg/Alep

Reunião da Comissão de Cultura 22/08/2016

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná recebeu nesta segunda-feira (22) um grupo de artistas do Centro Cultural Teatro Guaíra, de Curitiba, para discutir a situação dos contratos de trabalho dos músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná e dos bailarinos da Companhia de Balé do Teatro Guaíra. Uma audiência pública será marcada para futuro próximo para ampliar o debate sobre o tema e evitar que parte do corpo de artistas seja dispensada.
Segundo o presidente da comissão, deputado Péricles de Mello (PT), os deputados que compõem a Comissão de Cultura irão intermediar uma negociação com o governo para garantir o necessário para a manutenção dos artistas. “Nós estamos vivendo um momento muito grave no Teatro Guaíra, que é um dos maiores símbolos paranaenses. Inicialmente, os artistas vão entregar um documento com toda a demanda do teatro e nós vamos marcar uma audiência pública com o secretário de Cultura. Precisamos que o governo entenda e tenha sensibilidade com esse momento”.
Todos os bailarinos da companhia de dança e 27 músicos da orquestra ocupam cargos em comissão que foram extintos por força da Lei nº 18.381/2014, que criou o Serviço Social Autônomo PALCOPARANÁ para fazer a gestão dos cargos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra. Enquanto o PALCOPARANÁ não entra em funcionamento foi possível postergar os contratos. No entanto, os artistas não sabem até quando poderão trabalhar. “Nós estamos trabalhando dia por dia, não sabendo se amanhã poderemos entrar em cena novamente. A orquestra tem uma série de compromissos agendados até o fim do ano. O balé tem apresentações em nove cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo”, explica a bailarina Patrícia Natividade de Pinho Machado. Os cargos comissionados também foram questionados pelo Ministério Público, através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que deve ser julgada ainda este ano.
Outra preocupação é com o orçamento do PALCOPARANÁ. Pelo projeto elaborado pelos artistas, são necessários R$ 12 milhões no orçamento de 2017 para manter balé e orquestra. No entanto, a contraproposta do governo foi de R$ 8 milhões. Também não há definição sobre a forma de contratação do PALCOPARANÁ e nem garantias de que os atuais artistas serão mantidos nas funções que exercem. “No caso da orquestra não é possível funcionar sem esses 27 músicos, e a substituição deles representaria uma queda de qualidade. São necessários de cinco a sete anos para recuperar a qualidade da orquestra do Paraná”, alerta Sebastião Interlandi Júnior, presidente da Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná.
No caso do balé, os artistas destacam ainda a preocupação com a redução do corpo de bailarinos de 35 para 22 artistas e a não inclusão de profissionais essenciais, como ensaístas e fisioterapeutas. Atualmente, sete bailarinos estão lesionados.

 

 

 

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