Bloco Agropecuário recebe relatório com diretrizes sobre o Plano Estadual de Cultivo Florestal Documento foi entregue durante audiência pública na manhã desta terça-feira (5), na Alep, sobre “Políticas Públicas – Cultivos Florestais”.

05/07/2016 14h05 | por Eduardo Santana
Audiência Pública sobre "Políticas Públicas - Cultivos Florestais no Estado do Paraná". 05/07/2016

Audiência Pública sobre "Políticas Públicas - Cultivos Florestais no Estado do Paraná". 05/07/2016Créditos: Dálie Felberg/Alep

Audiência Pública sobre "Políticas Públicas - Cultivos Florestais no Estado do Paraná". 05/07/2016


O Bloco Parlamentar Agropecuário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), liderado pelo deputado Claudio Palozi (PSC), recebeu na manhã desta terça-feira (5), durante a audiência pública “Políticas Públicas – Cultivos Florestais”, realizada no Plenarinho da Alep, um documento com as principais diretrizes para a elaboração de um Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal. O texto foi elaborado por uma comissão especial composta por 43 especialistas de instituições como Sanepar, UFPR, UTFPR, IFPR, Embrapa, Itaipu Binacional, Emater, Serviço Florestal Brasileiro, BRDE, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, entre outros órgãos envolvidos com o segmento.

“Este relatório é fundamental para o futuro do setor no nosso estado, pois hoje existem muitos produtores com dúvidas em relação ao mercado, às variedades de espécies que podem ser cultivadas e técnicas de reflorestamento. Com a formulação do plano estadual para o segmento, o Paraná poderá direcionar, a médio e a longo prazos, investimentos, empreendimentos, políticas de geração de emprego e renda, que vão auxiliar no desenvolvimento econômico, social e ambiental do nosso estado”, explicou Palozi.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), que fez a abertura da audiência pública, afirmou que o relatório entregue ao Bloco Parlamentar demonstra que a Assembleia está em consonância com os órgãos do setor público e da sociedade organizada. “As nossas comissões permanentes e blocos parlamentares têm atuado permanentemente, trazendo para a Casa temas relevantes para o nosso estado em todas as áreas. Além disso, nossas comissões e blocos também têm trazido para a Assembleia lideranças importantes de todos os segmentos, mostrando que os nossos parlamentares estão em constante diálogo com a sociedade”, ressaltou.

Ampliação – De acordo com o documento, o Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal terá como premissa básica o atingimento, no período de 50 anos (três ciclos florestais), a ampliação da base florestal estadual para dois milhões de hectares, garantindo-se, a médio prazo (20 anos), o suprimento da demanda existente por produtos de origem florestal, mesmo com a taxa de crescimento anual média do setor na ordem de 7,74%, e com qualidade superior à média do mercado brasileiro.

Outro ponto de destaque no Plano é a geração de mais de 1,6 milhão de novos postos de trabalho, a um custo médio de R$ 2.536,22 por emprego gerado, contribuindo consideravelmente para o incremento do PEA (População Economicamente Ativa) no estado. O relatório também considera os aspectos ambientais proporcionados pela atividade, com baixos índices de utilização de agroquímicos e pouco impacto ao meio ambiente.

“Neste modelo, colocando a atividade florestal madeireira a serviço do desenvolvimento rural e também urbano, os ganhos na equidade de divisão de renda, elevadas taxas de retorno econômico e sustentabilidade da produção, são garantidos e necessários”, destacou o coordenador estadual de produção florestal do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, Amauri Ferreira Pinto, que apresentou o relatório em nome da Comissão Especial.

Condições – Para o diretor-presidente do Instituto de Florestas do Paraná, Benno Henrique Weigert Doetzer, o Estado precisa dar condições para que projetos relacionados ao cultivo florestal e à indústria da madeira sejam executados no Paraná. “É preciso encontrar alternativas para que o Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal seja viável a longo prazo. Ele precisa ser muito bem planejado, porque não se tem uma floresta de um dia para outro. São de 15 a 20 anos de planejamento para colher os resultados”, ressaltou.

O diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Carlos Mendes, afirmou que o Plano Estadual de Conservação e Cultivo Florestal será importante para definir os rumos do setor no estado do Paraná. “Temos áreas que precisam ser mais desenvolvidas dentro do segmento de cultivo de florestas, como a região Noroeste, por exemplo. Por isso que precisamos de políticas públicas que levem infraestrutura para a indústria se instalar nesses lugares, que têm potencial de crescimento”, concluiu. 

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