Um crime silencioso, mas que faz 2,5 milhões de vítimas em todo o mundo e movimenta US$ 32 bilhões por ano. Muitas vezes disfarçado pela realização de grandes sonhos de vida, o tráfico de pessoas está mais presente na nossa sociedade do que se imagina. O assunto foi apresentado na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (03). Além de conhecer algumas particularidades sobre esse tipo de crime, os deputados estaduais receberam o pedido de apoio a “Campanha Coração Azul” de conscientização sobre o tráfico de pessoas.
Somente nos três primeiros meses de 2017, o Paraná recebeu 25 denúncias de tráfico de pessoas e constatou mais de 50 vítimas submetidas a condições desumanas, como a exploração sexual, trabalho análogo ao escravo, adoção ilegal e até remoção de órgãos. As estatísticas revelam que 86% das vítimas e 56% dos aliciadores são mulheres.
Números assustadores que ressaltam a importância da “Campanha Coração Azul”. A iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime é realizada conjuntamente em dez países para levar informação à população. Segundo Silvia Cristina Xavier, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Estado do Paraná, a prevenção e a repressão são as principais armas no combate ao tráfico de pessoas.
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Realizada na última semana do mês de julho, a campanha já acontece no Paraná há quatro anos e deve ser transformada em lei estadual. O projeto de lei apresentado pela deputada Cantora Mara Lima (PSDB) institui a campanha e o Dia Estadual contra o Tráfico de Pessoas em 30 de julho.
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Silvia explica que a conscientização constante desperta a população para o tema e que somente com informação é possível ficar alerta a alguns sinais de que o conto de fadas na verdade pode ser o início de um crime.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.