Cicloturismo é alternativa para desenvolvimento econômico dos municípios paranaenses Projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa cria nova modalidade para incrementar o turismo da Região Metropolitana de Curitiba.

06/09/2019 12h26 | por Trajano Budola
Projeto que cria o Circuito Cicloturístico Alto do Iguaçu volta a ser debatido na Assembleia Legislativa na segunda-feira (09).

Projeto que cria o Circuito Cicloturístico Alto do Iguaçu volta a ser debatido na Assembleia Legislativa na segunda-feira (09).Créditos: Divulgação/COMEC

Projeto que cria o Circuito Cicloturístico Alto do Iguaçu volta a ser debatido na Assembleia Legislativa na segunda-feira (09).

Aprovado em primeira discussão, durante a sessão plenária da última quarta-feira (4), o projeto de lei nº 122/2019 que institui o Circuito Cicloturístico Alto do Iguaçu vai movimentar a economia e dar aos municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) uma nova alternativa para o desenvolvimento. A iniciativa, proposta em conjunto pelos deputados Goura (PDT), Delegado Recalcatti (PSD) e Galo (PODE) dará às prefeituras a possibilidade de indicar as principais atrações e criar uma rota integrada para que os turistas a percorram de bicicleta, com tranquilidade e segurança.

Três municípios já lançaram, em conjunto, uma rota com 42,1 quilômetros de extensão que transcorre os principais pontos históricos, gastronômicos e de produção artesanal da região. Piraquara, Pinhais e Quatro Barras inauguraram o Ciclorrotas Nascentes do Iguaçu em 18 de agosto para incrementar as visitas às paisagens das cercanias do ponto de encontro dos afluentes que formam o Rio Iguaçu. No passeio, que inicia no Parque das Águas, em Pinhais, se observa a Serra do Mar, a represa do Iraí e um trecho da antiga Estrada da Graciosa. Cerca de mil ciclistas participaram da inauguração.

Para o coordenador geral da Associação dos Ciclistas do Alto do Iguaçu, Fernando Rosenbaum, além do turismo, o trajeto torna-se referência para quem se locomove para o trabalho. “Estimula que se adote a bicicleta como meio de transporte”, afirma. Segundo ele, a criação do circuito demandou a integração dos ciclistas com as prefeituras municipais e órgãos do Governo do Estado, como o DETRAN, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e as secretarias de Turismo e de Obras, dando a oportunidade de expor todo o potencial social e econômico do projeto.

Para Goura, “o turismo ecológico tem muito potencial. A partir deste projeto os municípios poderão se consorciar para estabelecer suas ciclorrotas, que poderão ser formadas por estradas rurais com atrativos naturais e culturais de toda a região”, explica. Segundo Recalcatti, a integração vai além do turismo e lazer. “Vai facilitar a vida de muitos moradores de bairros para se locomover tanto para o trabalho, como nas atividades do dia a dia”, afirma, compartilhando a opinião de Fernando Rosenbaum.

De acordo com o deputado Galo, a implantação de rotas cicloturísticas pode fazer do Paraná referência em mobilidade, status pelo qual o município catarinense de Joinville é reconhecido. “Trabalho, lazer e saúde. Os roteiros são benéficos para a sociedade em vários aspectos. Toda iniciativa de desenvolvimento do ciclismo é bem-vinda, ainda mais quando estimula o turismo e a economia dos municípios por onde os circuitos passam”, destacou.

Projeto - O projeto de lei nº 122/2019 volta ao Plenário para segunda votação na segunda-feira (9). Ele dá aos 29 municípios da RMC a prerrogativa da escolha dos pontos que considerem os mais atraentes para o público e sejam contemplados no traçado que definirem em seus territórios. Cabe ao Executivo Estadual estabelecer o traçado geral do Circuito Ciclotuístico do Alto do Iguaçu “a fim de integrar os municípios e suas rotas”, como consta na justificativa da matéria. A divulgação também cabe ao governo do estado.

Ainda de acordo com a justificativa “o cicloturista diferencia-se do turista comum, pois seu objetivo não é simplesmente chegar ao destino final, mas aproveitar o caminho que geralmente percorre estradas rurais e secundárias recheadas de atrativos naturais e culturais. Pelo fato de se locomoverem em menor velocidade e estarem mais expostos ao meio que percorrem, os cicloturistas movimentam a economia local e interagem muito mais com população local, gerando uma experiência totalmente diferente das viagens tradicionais”.

Sessão plenária – Outros 13 itens integram a pauta de projetos que serão votados pelos deputados estaduais na sessão plenária da próxima segunda-feira (09). A relação dos projetos pode ser conferida no link: https://bit.ly/2lZkL3u

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