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Comissão de Meio Ambiente da Assembleia cobra esclarecimentos sobre posse e preservação do Bosque da Copel

O presidente do colegiado, deputado Arilson Chiorato (PT), avalia que a situação precisa ser esclarecida.

Deputado Arilson Chiorato (PT).
Deputado Arilson Chiorato (PT). Créditos: Orlando Kissner/Alep

A Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais (CEMAPA) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) encaminhou dois ofícios com o objetivo de identificar os proprietários do Bosque da Copel, localizado no bairro Bigorrilho, área nobre de Curitiba. Os pedidos de informação, protocolados na última quinta-feira (16), foram endereçados à Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e à Prefeitura de Curitiba, após o recebimento de inúmeras denúncias sobre um possível projeto imobiliário que prevê a derrubada da mata nativa do local para dar lugar à construção de 21 edifícios.

O presidente da CEMAPA, deputado estadual Arilson Chiorato (PT), considera a situação preocupante. “Estamos recebendo inúmeras informações conflitantes. De um lado, moradores relatam ter recebido informes publicitários sobre a futura construção de um condomínio residencial na área do bosque. De outro, Copel e Prefeitura emitem informações desencontradas. Precisamos saber quem, de fato, é o dono desse terreno, que abriga uma área de mata nativa essencial para o equilíbrio ecológico da região”, afirma o parlamentar.

Na noite de quinta-feira (16), a Prefeitura publicou um vídeo desmentindo qualquer intenção da administração municipal de comercializar o Bosque da Copel, mais precisamente a área sob sua responsabilidade, onde está localizado o “Chapéu Pensador”. No vídeo, também é informado que não há previsão de corte de árvores por parte da Prefeitura, nem há protocolo, licenciamento ou autorização em tramitação com caráter semelhante solicitados pelos proprietários dos lotes privados que compõem a área.

“Precisamos saber exatamente qual área pertence a quem e se existe a previsão de um projeto imobiliário para o local. Não basta dizer que é fake news, precisamos saber a verdade. Também vamos apurar a denúncia de ressecamento de araucárias, entre outras espécies nativas dentro do bosque. A degradação ambiental poderia ter como objetivo remover a vegetação de forma gradual, o que seria um ato gravíssimo”, alerta o presidente da comissão.

De acordo com a CEMAPA, os pedidos se somam aos de outros parlamentares (vereadores e deputados) preocupados com a situação, que ingressaram com solicitações de informação junto ao Ministério Público (Procuradoria do Meio Ambiente), Copel, Casa Civil, Prefeitura, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), Secretaria Municipal do Urbanismo e Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável.

Área de proteção

O Bosque da Copel abriga vegetação nativa e espécies relevantes, como exemplares de araucárias, além de servir de refúgio para diversos animais. Trata-se também de um manancial que abriga nascentes do Rio Campina do Siqueira, contribuindo significativamente para a permeabilidade das águas pluviais no solo urbano.

O presidente da CEMAPA, deputado Arilson, recorda que, em 10 de dezembro de 2018, foi firmado um protocolo de intenções para a futura criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM). “Esse ato foi realizado no local pelo então prefeito Rafael Greca e pela governadora Cida Borghetti, porém, até o momento, não foi efetivado. Por que essa iniciativa está parada?”, questiona.

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