A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o mau uso de verbas públicas e o funcionamento irregular de organizações não governamentais (ONGs) deve mudar as regras para criação de ONGs no Estado. É o que acredita o presidente do grupo de trabalho, deputado Ricardo Arruda (PSL). “Virou um procedimento fácil para arrecadar dinheiro. Temos denúncias de entidades criadas para se aproveitar disso. No final, nosso objetivo é mudar as regras para criação de ONGs, sugerindo novas normas e procedimentos para isso. As boas organizações continuarão, as novas terão de se adaptar”, explicou.
Os membros da Comissão se reuniram na tarde desta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para debater o plano de trabalho do grupo e decidir as formas de convocação de organizações investigadas. Em um primeiro momento, os parlamentares vão formalizar uma lista de entidades a serem investigadas. Posteriormente, vão convocar representantes para depor. Outra linha de atuação definida é solicitar junto aos órgãos competentes informações sobre as organizações, como a lista de membros e a prestação de contas.
É a primeira reunião do grupo de trabalho após o encontro que definiu o deputado Ricardo Arruda como presidente e o deputado Galo (PODE) como relator. Segundo o presidente, existe uma série de denúncias de ONGs que utilizam de forma indevida o dinheiro público. “Este é um momento importante do país para corrigir estes erros. O relator vai fazer um cronograma e vamos iniciar os trabalhos”, disse.
A CPI tem 120 dias para concluir os trabalhos de investigação. Além do presidente e do relator, também participaram da reunião da Comissão os deputados Delegado Recalcatti (PSD), Delegado Francischini (PSL), Delegado Jacovós (PL) e Do Carmo (PSL).