Os depoimentos tomados nessa quarta-feira (25) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Condomínios, na Assembleia Legislativa, indicam que há, no mínimo, falta de transparência por parte das empresas contratadas pela Caixa Econômica Federal para fazer a gestão dos condomínios construídos pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR). A avaliação é do relator da comissão, deputado Roberto Aciolli (PV). “Percebemos que os condôminos não estão sendo informados corretamente sobre os procedimentos de cálculo usados na composição de receitas e despesas”, afirmou Aciolli.

Além de denunciar a falta de transparência na prestação de contas, os moradores do Residencial Brasília, em Curitiba, também questionam a composição de custos pelo sistema de previsão e não pelos gastos reais. “Nós viemos pedir que a CPI intervenha junto à Caixa para que haja mudanças na forma de gestão, já que o sistema atual tem onerado o valor da taxa. Hoje pagamos R$ 300 reais de condomínio e R$ 205 pela prestação do imóvel”, contou um dos depoentes.

Entre as deliberações tomadas pela CPI após ouvir os depoimentos está o envio de ofício à direção regional da Caixa Econômica para que esclareça de que forma as empresas administradoras são contratadas, quais as formas de cálculo para determinar os valores das taxas e se a Caixa fiscaliza a atuação dessas empresas. “A CPI também irá convocar funcionários da Caixa para que prestem esclarecimentos sobre essas questões”, informou o relator da comissão.

Surpresa– Ao final dos depoimentos, a CPI recebeu de surpresa a visita do senador Álvaro Dias (PSDB). Ele informou que tem conhecimento das denúncias e que em outros estados também existem iniciativas para investigar essas empresas. Para o senador a investigação é importante e se colocou à disposição da CPI para contribuir com os trabalhos.