Aos 129 anos de idade, Dona Maria Olívia, a mulher mais velha do Brasil, foi uma das homenageadas pela deputada Cida Borghetti (PP), nesta segunda-feira (9), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, oficialmente celebrado no dia 8 de marçoCada uma das quatro deputadas estaduais indicou nomes de mulheres de destaque residentes em suas bases eleitorais, que receberão pelo correio votos de congratulações da Assembléia Legislativa. Representando a região norte e noroeste do Estado, Cida Borghetti (PP) indicou 21 nomes, entre os quais o de Dona Maria Olívia que reside em Içara, distrito de Astorga, e segundo consta em seu registro nasceu em 28 de fevereiro de 1880, sendo a mulher mais velha do país.Além de Dona Maria, a lista de homenageadas da deputada Cida inclui nomes como o de Stefania Rodrigues, uma das primeiras professoras de Maringá que acompanhou todo o desenvolvimento da cidade participando ativamente de entidades sociais.Também foram indicadas pela deputada para receber votos de congratulações outras pioneiras de Maringá, como a 1º merendeira pública da cidade, Elita Lídia Marques e a 1º enfermeira Natelcia Ferreira. DISCURSOS Dos 399 prefeitos do Paraná, apenas 31 são mulheres, e, dos 45 deputados federais e três senadores não há representantes do sexo feminino. Na Assembléia Legislativa, as quatro deputadas representam apenas 7,41% do universo de 54 parlamentares. A pequena participação de mulheres na política, a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções e ainda a violência doméstica foram alguns dos temas abordados pelas deputadas no pequeno expediente da sessão plenária desta segunda-feira (09), em referência ao Dia Internacional da Mulher. A deputada Bete Pavin (PMDB) lembrou da história do Dia da Mulher, quando 130 mulheres morreram carbonizadas em uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, ao protestarem por melhores condições de trabalho. Lembrou também da recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) para que os Governos incluam estratégias culturais orientadas ao desenvolvimento e à igualdade da mulher, assim como à promoção dos direitos humanos. A deputada Luciana Rafagnin (PT) destacou que apesar de ser uma data marcada pelo luto, há muitas conquistas a serem comemoradas pelas mulheres no campo político, religioso ou até mesmo em questões como a reforma agrária. “Quantas mulheres tombaram em campo lutando pelos seus direitos, de melhores condições de moradia, trabalho e salário, além do direito ao voto, são conquistas que precisam ser celebradas”, disse a deputada. Para a deputada Rosane Ferreira (PV) o grande desafio da mulher atualmente é conciliar as atividades profissionais com o dever de mãe e esposa. A deputada citou a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, como alguém que soube exercer de forma exemplar essas múltiplas funções da mulher atual. “Com certeza boa parte da eleição de Barack Obama se deve a sua esposa”, disse a deputada. Uma das fundadoras da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Mulher, da Criança e do Adolescente da Assembléia Legislativa, a deputada Cida Borghetti (PP), falou sobre avanços na legislação para combater a violência. “Lembramos que em 2006 entrou em vigor a lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, buscando coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, disse a deputada, que é autora de projetos e leis relacionados à mulher. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na última reunião, o projeto 512/08 de autoria da deputada Cida Borghetti que institui no Paraná a Semana de Orientação sobre a Gravidez na Adolescência, na primeira semana do mês de maio. De acordo com o projeto, “serão pro­movidas campanhas de conscientização, sobretudo nas escolas, sobre os riscos da gravidez na adolescência, bem como sobre a necessidade de acompanhamento médico”. A conscientização sobre os riscos da gravidez na adolescência foi um dos temas de campanhas que aconteceram na semana passada, em Curitiba, durante a semana da mulher.