O deputado estadual Cleiton Kielse (PMDB) lamentou o falecimento do deputado federal Max Rosenmann, que teve seu corpo velado no Plenário maior da Assembléia Legislativa e sepultado neste domingo (26), no Cemitério Israelita Santa Cândida, em Curitiba. O advogado Max Rosenmann, de 63 anos, era o único deputado federal constituinte do Estado do Paraná que permaneceu no Congresso sem interrupção de mandato.Kielse ressaltou a perda irreparável e o trabalho incansável de Max como defensor das causas paranaenses nas áreas de educação, saúde, agricultura, infra-estrutura, esporte, meio-ambiente, turismo, emprego e segurança nos mais de 20 anos que atuou como parlamentar. "Perdemos um gigante, um homem que defendeu as causas do Paraná e do Brasil como poucos. Sentiremos muito a perda do Max, um deputado municipalista como eu, sempre firme em suas decisões e de caráter intocável", afirmou.Segundo o deputado Kielse, as mais de 2000 obras espalhadas por todo o Paraná, dentre elas 400 escolas, são apenas alguns dos legados deixados pelo parlamentar, neto de um imigrante judeu-austríaco que se estabeleceu em Curitiba no fim do século XIX. "Max começou a fazer política em 1982, lançado em parceria com meu pai, o então deputado Quielse Crisóstomo. Desde então, assumiu todas as responsabilidades com dignidade, sendo sucessivamente o mais votado do Estado e representando com extrema seriedade os interesses do Paraná", destacou Kielse.Rosenmann recebeu título de cidadão honorário em 28 municípios do Estado e foi homenageado, em 2002 na França, pela Organização Mundial da Família, ligada à ONU, por seu trabalho na promoção social e desenvolvimento sócio-econômico das famílias brasileiras. "Me orgulho muito de ter dividido com ele parcerias e dobradas políticas em várias regiões do Estado. Com certeza, o Max fará muita falta a essas cidades nas quais ele assistiu e trabalhou com tanto respeito e dedicação", finalizou Kielse.Max Rosenmann faleceu às 13h30 do sábado (25), no hospital Santa Cruz, em Curitiba. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde segunda-feira (20), quando passou por uma cirurgia após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). O parlmentar, que iria completar 64 anos no próximo dia 29 de novembro, era natural de Curitiba. Era casado com Marisley Rosenmann e deixou três filhos: Daniel, Paulo e Silvia Regina Rosenmann. Atuações e homenagensO secretário-geral do PMDB do Paraná, João Arruda, já afirmou que o partido prestará uma homenagem ao deputado federal Max Rosenmann, falecido no último sábado (25). Ele vai propor ao diretório regional a realização de atividades em memória do parlamentar. "Homens como o Max não surgem todos os dias no cenário. É possível que precisemos de várias gerações para que isso ocorra, tal a lacuna que ele deixa no Paraná e no partido", afirmou Arruda, em carta distribuída aos amigos e familiares do deputado.Max Rosenmann foi diretor-geral da Casa Civil do Governo estadual, em 1983, e teve também participação intensa em missões oficiais no exterior. Dentre elas, atuou como observador parlamentar da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, em 1991 e 1998; e como participante de eventos ligados a discussões, em vários parlamentos do mundo, sobre a família e o judaísmo. Era titular ainda das comissões permanentes de Finanças e Tributação, na Câmara; e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul.Em sua última entrevista ao portal de notícias da Câmara dos Deputados, veiculada no último dia 1º, Max fez uma avaliação crítica sobre os resultados da Constituinte, que completava 20 anos. Segundo ele, a nova Constituição, apesar de democrática, selou o desequilíbrio entre os poderes ao manter o presidencialismo como regime oficial do País. "O presidencialismo é um regime canalha, em que o Executivo manda. O presidente tem muito poder", sustentou.