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Deputado Goura (PDT) participa de reunião na UFPR sobre projeto de rotas acessíveis intercampi

Encontro contou com a participação da rapper curitibana Valle MC, que tem baixa visão causada por hipoplasia do nervo óptico, uma má-formação congênita.

Encontro ocorreu nesta quarta-feira (8), na Universidade Federal do Paraná.
Encontro ocorreu nesta quarta-feira (8), na Universidade Federal do Paraná. Créditos: Divulgação/Assessoria Parlamentar

A rapper curitibana Valle MC (Valentina Cardoso Kauf), de 14 anos, foi o destaque da reunião realizada, nesta quarta-feira (8) na Universidade Federal do Paraná (UFPR) para tratar do projeto de rotas acessíveis intercampi, que vai ligar o Terminal do Guadalupe, no centro de Curitiba, ao Hospital de Clínicas, passando pelo prédio histórico da Santos Andrade e pela Reitoria.

Convidada pelo deputado estadual Goura (PDT), Valle MC, acompanhada do pai Bruno, conversou sobre o projeto com o reitor Marcos Sunye e o coordenador de Acessibilidade da UFPR, Wagner Bitencourt, da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (PROAFE).

“O projeto está em fase de desenvolvimento e prevê parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e será um projeto pensado para e por pessoas com deficiência”, explicou Wagner Bitencourt, que perdeu a visão completa aos 15 anos.

Pauta do mandato

Goura destacou que o projeto também integra o programa “Curitiba Que Queremos”, desenvolvido pelo mandato. “É uma pauta da comunidade e da cidade. A acessibilidade precisa sair do papel”, afirmou.

Segundo o deputado, o projeto das rotas acessíveis intercampi da UFPR deve garantir deslocamento seguro e autônomo para pessoas com deficiência entre os principais prédios da universidade e integra ações conjuntas com o IPPUC e do mandato.

“Todas as pessoas com deficiência, sejam físicas, auditivas, visuais, intelectuais ou múltiplas, precisam de acessibilidade e inclusão reais”, disse Goura.

UFPR e acessibilidade

O reitor Marcos Sunye informou que a proposta também se integrará ao Corredor Cultural da UFPR, que abrange a mesma região central da cidade. “A universidade precisa ser exemplo de acessibilidade”, disse o reitor.

Durante a reunião, Wagner Bitencourt e Marcos Sunye convidaram Valle MC para ajudar na divulgação do projeto e fortalecer a aproximação das pessoas com deficiência com a universidade.

“Você tem que fazer parte da nossa universidade no futuro. O curso de Ciências da Computação lhe espera”, brincou Sunye, que é professor do Departamento de Informática da UFPR, sabendo que ela quer estudar Música.

Inclusão e acessibilidade

Valle, que tem baixa visão causada por hipoplasia do nervo óptico, uma má-formação congênita, reforçou seu compromisso de seguir trabalhando pela inclusão e pela acessibilidade.

“Estou aprendendo sobre orientação e mobilidade para poder andar sozinha na rua. São necessárias rotas com sinais sonoros, guia tátil e outras tecnologias para garantir acessibilidade a todas as deficiências”, disse.

Reconhecida nacionalmente, Valle MC é a mais jovem campeã da Batalha da Aldeia (BDA 421) e a primeira paranaense a vencer o maior evento de rimas do país.

Ela fez do freestyle um instrumento de expressão, resistência e inclusão, e de atuação na defesa das pessoas com deficiência, promovendo acessibilidade e representatividade na cultura hip-hop e nas artes.a

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