Deputados querem exercer poder fiscalizatório e melhorar as políticas ambientais A Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais pretende aproximar a sociedade do debate e já decidiu: não usa mais copos plásticos nas reuniões.

12/03/2019 13h09 | por Thiago Alonso
Comissão vai elaborar plataformas para oferecer ferramentas de informação.

Comissão vai elaborar plataformas para oferecer ferramentas de informação.Créditos: Kleyton Presidente/Alep

Comissão vai elaborar plataformas para oferecer ferramentas de informação.

A Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) realizou na manhã desta terça-feira (12) a reunião de instalação dos trabalhos reiterando a importância de fiscalizar questões ambientais. Este é o enfoque de trabalho que o presidente da Comissão, deputado Goura (PDT), quer imprimir ao grupo. “Tivemos uma grande participação na primeira reunião. Queremos usar esta força para melhorar nossas políticas ambientais, usando o poder de fiscalização da Comissão”, avaliou.

No caso do grupo parlamentar, a teoria será exercida na prática. Uma das primeiras decisões da Comissão é abolir o uso de copos plásticos nas reuniões. “É importante que nós adotemos boas práticas de políticas ambientais”, lembrou o presidente.

Goura disse ainda que a ideia é abrir os trabalhos do grupo para a sociedade. “Muitas vezes a atuação parlamentar das comissões é muito fechada, com enfoque na tramitação dos projetos. Isso é importante, mas queremos manter um tom de diálogo com a sociedade”, explicou.

De acordo com o deputado, a Comissão vai elaborar plataformas para oferecer ferramentas de informação e empoderamento, como cartilhas e canais de denúncia. “Vamos nos reunir ao menos uma vez por mês para trazer para a Assembleia as pautas ambientais. O Paraná tem muitas questões que devemos acompanhar de perto”, completou.

Agrotóxicos – O promotor do Núcleo de Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Alexandre Gaio, elencou uma série de problemas que o Estado vive na questão ambiental. Segundo ele, o Paraná é o campeão no uso de agrotóxicos no País, tem um grande número de rios poluídos, assim como um dos que mais derrubou Mata Atlântica nos últimos 30 anos. “Precisamos trabalhar para que a agenda ambiental tenha o mesmo grau de importância de outras agendas. Devemos enxergar a diferença entre desenvolvimento e crescimento econômico”, disse.

O vice-presidente da Comissão, deputado Evandro Araújo (PSC), reiterou o desejo de um grupo de trabalho atuante, que dialogue com a sociedade. “A voz da sociedade precisa ser ouvida e devemos responder da melhor forma possível”. Já outro membro, deputado Alexandre Amaro (PRB), lembrou a importância da defesa dos animais. “Temos visto crimes de maus tratos aumentando. Precisamos discutir isso”, emendou.

O deputado Tadeu Veneri (PT) também é membro do grupo e destacou a questão das barragens. Ele tomou como exemplo a Usina Hidroelétrica de Foz de Areia, localizada no Centro-Sul do Estado. “A manutenção das usinas está sendo colocada em um lugar secundário em relação a geração de energia. Este é um assunto urgente que vamos colocar na pauta de discussões da Comissão”, ponderou.

A reunião contou ainda com a participação do deputado Delegado Recalcatti (PSD), do ex-deputado Péricles de Melo, de representantes de entidades, entre eles, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Federação Paranaense de Montanhismo (Fepam), Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental (Cedea), entre outras.

 

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