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Distrito Federal Investiga Denúncia de Waldyr Pugliesi

A denúncia do deputado Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembléia, sobre a contratação da empresa do ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, pelo ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, vem repercutindo na Câmara Federal e na imprensa de Brasília. Taniguchi, que é secretário de Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente e Habitação do Distrito Federal, contratou sem licitação a empresa Jaime Lerner Arquitetos Associados Ltda., por R$ 2.070.000,00.“A Lei das Licitações permite até que se faça dispensa, em caso de notória especialização, mas nós, que estamos vivendo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aqui temos o PAC, que é o ‘programa de aceleração do compadrio’”, revelou Pugliesi na Tribuna da Assembléia. Ele se referia às estreitas ligações entre Taniguchi e Lerner.A Tribuna do Brasil (www.tribunadobrasil.com.br) estampou, em sua edição de sexta-feira (1º de junho), a chamada de capa “TCDF vai investigar a contratação de empresa de ex-sócio de Taniguchi”. Em reportagem, do jornalista Lívio di Araújo, o diário informa que o Tribunal de Contas está de olho em possíveis irregularidades na contratação de Lerner pelo governo do Distrito Federal.“O contrato é questionado por dois principais motivos: o primeiro, a falta de licitação. O segundo, o fato de que o secretário de Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente e Habitação, Cássio Taniguchi teria estreitas relações com Jaime Lerner, político paranaense e ex-sócio do atual secretário do DF”, escreveu o jornal.Não é só a imprensa que vem tratando da denúncia apresentada por Pugliesi na Assembléia do Paraná. O deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB-DF) protocolou, na última sexta-feira (1º de junho), pedido de esclarecimento do caso junto a Corregedoria do Distrito Federal. O pronunciamento de Pugliesi está anexado junto com a ação, informou o chefe de Gabinete de Filippelli, Marco Antonio Campanela.Íntegra da matéria da Tribuna do BrasilTCDF vai investigar denúnciaTribunal está de olho em possíveis irregularidades na contratação de LernerAutor: Lívio di AraújoO Tribunal de Contas do DF (TCDF) vai analisar o contrato firmado entre o GDF e a empresa Jaime Lerner Arquitetos LTDA., no valor de R$ 2 milhões, para a realização de obras de revitalização em 14 áreas do DF, incluindo a avenida W3. O contrato é questionado por dois principais motivos: o primeiro, a falta de licitação. O segundo, o fato de que o secretário de Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente e Habitação, Cássio Taniguchi teria estreitas relações com Jaime Lerner, político paranaense e ex-sócio do atual secretário do DF.Taniguchi se defendeu das acusações alegando ontem que quando a empresa de Lerner foi contratada pelo GDF, a negociação partiu do próprio governador Arruda. “Foi durante o governo de transição, meu nome sequer era contado para ser secretário ainda”, afirmou. O secretário também defendeu-se quanto à sociedade com o político paranaense. “Isso foi há 12 anos; a sociedade já foi desfeita”, completou. Segundo o governador em exercício, Paulo Octávio, o assunto está na Corregedoria do DF e o governo não vai se manifestar antes do parecer do corregedor. Taniguchi foi responsável pela elaboração do Plano de Governo de Paulo Octávio, antes da formação da chapa entre ele e Arruda pelo extinto PFL na disputa do governo do DF.O fato da ausência de licitação também foi explicada ontem pelo secretário. Segundo ele, a Lei 8.666/93 de licitações abre precedentes quando se trata de contratação de profissional de notório conhecimento. “Brasília é a capital federal, cidade tombada, precisamos contratar o melhor urbanista para realizar obras aqui, não pode ser qualquer um”, explicou. Jaime Lerner é responsável por projetos importantes na Bahia, Rio de Janeiro e até Los Angeles, nos Estados Unidos. O contrato feito sem licitação é válido por seis meses, prorrogáveis por mais seis. A empresa de Lerner fará obras de revitalização na cidade. Ao todo, são 14 projetos, como a urbanização às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), o parque da Asa Norte e a via W3.AcusaçõesNa quarta-feira, o deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB-PR) subiu a tribuna, na Câmara Estadual e colocou mais lenha na fogueira na história. O caso foi parar na capa do jornal “Hora H”, do Paraná. “Então, companheiros na Prefeitura (em Curitiba), um prefeito (Lerner), outro secretário (Taniguchi); depois o secretário vira prefeito, o outro governador; agora, vão lá para o Distrito Federal e não exigem licitação para colocar nas mãos dessa empresa de Jaime Lerner a quantia de dois milhões e setenta mil reais”, condenou o deputado.Em discurso inflamado, Pugliesi condenou a falta de licitação: “Contratar fulano de tal porque ele é o ‘supra-sumo’ na questão. Não é assim! O mundo moderno, hoje, conhece pessoas extraordinárias, como (Oscar) Niemeyer, por exemplo, mas se ele disputar o escritório dele de arquitetura com outros que têm condições de concorrer com o mesmo, pode ser que o resultado seja outro, da mesma maneira que o Niemeyer derrotou aquelas pessoas que já eram respeitadas pela sua atividade”.“Eu acho que devemos fazer essa colocação para deixar registrado porque, logicamente, as pessoas vão falar: ‘mas por que você está fazendo isso?’ É a minha opinião. Estou falando que houve sim (irregularidade), mesmo que não se ferisse a legalidade desse gesto praticado pelo Governo do Distrito Federal, que recebeu o Taniguchi, que foi eleito para ser deputado pelo Paraná. Acho que houve sim uma vantagem, por que o que é que ele pensou? ‘Ora, vou contratar aquele que como prefeito fez inovações lá na capital paranaense. Vou contratar aquele que me nomeou como secretário’”, provocou o peemedebista.Foto: Reprodução
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