Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná é criada com a proposta de união na defesa do meio ambiente Lançamento aconteceu na noite desta terça-feira (29) em formato remoto e contou com a participação de lideranças políticas e da sociedade de todo o país.

29/06/2021 22h10 | por Claudia Ribeiro
Lançamento da Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná

Lançamento da Frente Parlamentar Ambientalista do ParanáCréditos: Reprodução Zoom.

Lançamento da Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná

A Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná é formada por parlamentares,  organizações e movimentos sociais, universidades, movimentos ambientais, pesquisadores de órgãos públicos e da sociedade civil e é inspirada no trabalho da Frente Parlamentar Ambientalista Nacional, com o objetivo de fiscalizar e defender políticas públicas de preservação ambiental no estado. A iniciativa é do deputado Goura (PDT), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná.  Ele disse que a proposta é fazer um trabalho paralelo às Frentes Nacional e Municipais.

“Nós pretendemos promover neste encontro a cooperação entre estados, municípios e sociedade para impedir os retrocessos ambientais. Não queremos ser uma Frente simbólica, mas propositiva, com encontros mensais para convergirmos os esforços. Termos uma visão crítica para avançarmos na agenda ambiental", anunciou. O deputado convidou vereadores de 23 municípios de todas as regiões do Paraná, que integram a Frente. São 37 membros.

Mário Mantovani, da ONG SOS Mata Atlântica e representante das Organizações Não Governamentais na Frente Parlamentar Ambientalista Nacional contou um pouco da história da Frente, afirmando que ela começou a ser pensada já na elaboração da Constituição de 1988 e que colocou o Brasil como protagonista ambiental no mundo. Também falou do trabalho realizado pela Frente em nível nacional.

“Promovemos mais de cem ações este ano, nesse momento tão difícil que vivemos.  As frentes estaduais estão em 20 estados. Para enfrentar essa liberação de mais de mil agrotóxicos, estamos integrados com os vereadores também. O importante é a integração. Nosso compromisso é com a cidadania. É com a vida".

Nessa linha, falou Margaret Matos de Carvalho, procuradora do Trabalho no Estado do Paraná e integrante da Coordenação Colegiada do Fórum Paranaense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.  Ela lembrou das consequências devastadoras da pulverização agrícola aérea no estado. “Insisto nessa questão, porque ela é urgente. Não é normal, por exemplo, que o município de Francisco Beltrão, no interior do estado, tenha um hospital de grande porte para tratar o câncer infantil.  Infelizmente o efeito dos agrotóxicos é nefasto. Torço para que o trabalho da Frente dê frutos e que seja uma atuação em rede e no sentido de coibir essa prática", disse.

O senador Fabiano Contarato, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista no Senado ressaltou que defender o meio ambiente não é uma questão de radicalismo, mas um dever constitucional.  “É defender toda e qualquer forma de vida. E o Brasil tem essa diversificação de biomas.  Floresta em pé é que vai manter e gerar todas as riquezas do país”. 

A deputada Marina Helou,  coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista de São Paulo, falou da atuação do grupo, como por exemplo,  a realização de seminários e programas para a redução da poluição do ar. “Entendo a Frente como fundamental para uma solução inteligente de um novo modelo de desenvolvimento, que pode ser integrado entre os estados, para, entre outras pautas, impactar as pessoas mais vulneráveis". 

Rodrigo Agostinho, deputado e coordenador da Frente Parlamentar  Ambientalista na Câmara Federal, avalia a atuação das Frentes como desafiadoras. “Temos um grande desafio.  Estamos assistindo , de novo, uma nova extinção dos dinossauros. São mais de mil espécies ameaçadas nesse momento de grandes retrocessos da política ambiental brasileira. Sempre houve, mas desta vez são maiores. Vivemos um grande dilema, porque o agronegócio perdeu o pudor na chamada pauta do fim do mundo. Teremos que resistir, como a natureza vem resistindo nesses 500 anos”, afirmou.  Mas ele vê as Frentes Parlamentares e o fortalecimento dos Conselhos de Meio Ambiente como um caminho.

A vereadora Maria Marighela, coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista de Salvador, que será instalada na próxima quinta-feira (1), contou que foi arrebatada para a pauta ambiental diante da situação difícil e do fato de os setores estarem interligados. “Minha agenda sempre foi na cultura, mas é impossível avançarmos em qualquer setor se não defendermos o meio ambiente.  É uma questão de luta. Estamos sendo convocados para sermos uma constelação nesse mundo obscuro. As frentes representam isso. Que tenhamos persistência", aconselhou.

Representante dos vereadores na Frente Parlamentar Ambientalista Nacional, o vereador de Florianópolis, Marcos José de Abreu, o Marquito, lembrou que é nos municípios que as políticas começam. No corpo a corpo com a população. “Acredito que a função dos vereadores enquanto Frente é dialogar sobre as políticas ambientais e quero convocar todos os vereadores do país para participar. Precisamos nos comprometer para não deixar essa boiada passar. Se inscrevam”, pediu.

O ex-vereador Marcelo Marcondes, do município de Aparecida , São Paulo, que representou a ANAMMA (Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente) na Frente Parlamentar Ambientalista Nacional, reforçou o convite. “Procurem o nosso site. Conheçam o nosso trabalho e participem. Nesse momento, essa união é fundamental para lutar pela pauta ambiental".

Participações -  Gien Guimarães, diretor executivo do Observatório Justiça e Conservação;  professor Dimas Floriani, sociólogo e pesquisador; Clovis Rossi, da SPVS; Alana Lima, do projeto da Casa Terra Coletiva, na defesa do povo guarani e do rio da Várzea em Campo Mourão; o procurador do Ministério Público do Estado do Paraná, Saint-Clair Honorato Santos; pela APAVE (Associação dos Protetores de Áreas Verdes do Paraná), Terezinha Vareschi e diversos outros representantes da sociedade, além de vereadores paranaenses do Litoral, Oeste, Campos Gerais, Curitiba e Região Metropolitana, que integram a Frente, marcaram presença reforçando a pauta da união entre poder público e entidades da sociedade na luta coletiva em prol da política ambiental: um modelo de desenvolvimento baseado na agroecologia, banco de projetos para troca de experiências,  proteção das áreas de conservação, rios, parques, planos para tratamento de resíduos e demarcação de terras indígenas, entre outras demandas.

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