PORTO DE PARANAGUÁ PAGOU R$ 682 MIL POR SEGURO COM A INTERBRASIL O deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da oposição na Assembléia, revelou que além da Copel também os Portos de Paranaguá e Antonina foram segurados, durante o governo Requião, pela Interbrazil Seguradora S/A.A interbrazil, liquidada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) em 22 de agosto último, era formada por uma quadrilha ligada ao PT, especializada em fraudar o resseguro. “Por isso, tanto a Copel quanto os portos do Paraná, administrados pelo irmão do governador, Eduardo Requião, superintendente da APPA, passaram três anos sem qualquer cobertura real de seguro”, denuncia Rossoni. Todas as investigações sobre o caso - inclusive aquelas conduzidas pela CPI dos Correios, que determinou a quebra do sigilo telefônico e bancário de André Marques da Silva, dono da Interbrazil - apontam para o tráfico de influência como razão principal para essa seguradora, inexpressiva e desconhecida, ter obtido, durante o governo Lula, alguns dos mais lucrativos contratos de seguros de bens públicos do Brasil, denuncia Rossoni. O deputado disse acreditar que esse tráfico de influência funcionou também no Paraná.Requião e o PTA seguradora Interbrazil obteve contratos milionários de seguro em patrimônios do governo federal e em Estados governados por petistas ou por aliados do PT, como é o caso do Paraná. O governador Roberto Requião foi eleito graças ao apoio de Lula. Requião retribuiu o apoio compartilhando seu governo com o PT. O governador tem secretários e assessores filiados ao PT. Ele avalia que todos esses vínculos podem ter influenciado os grandes negócios que a Interbrazil fez no Paraná.Desde que o PT chegou ao poder, em 2002, a Interbrazil, que era uma seguradora desconhecida, passou a conquistar alguns dos mais importantes seguros do Brasil. No governo Lula, fez os seguros das usinas nucleares de Angra I e Angra II (cobertura de R$ 2,5 bilhões), da Companhia Energética do Paraná (R$ 1,2 bilhão) e da Companhia Energética de Goiás (R$ 1 bilhão). Sabe-se agora que ganhou também o seguro da APPA.Operação criminosaA lei que rege os seguros no Brasil obriga as seguradoras, quando o bem segurado excede a 3% do patrimônio líquido da seguradora que ela faça resseguro. Ou seja, redistribua o seguro (e o prêmio) junto a outras seguradoras dividindo o risco. O Instituto de Resseguros no Brasil regulamenta essas operações no Brasil.A Interbrazil fraudava essa regra com uma operação criminosa. Falsificava o certificado do resseguro e embolsava o valor inteiro da apólice. Conseguia assim um lucro fantástico, mas deixava o patrimônio segurado totalmente descoberto. A Copel, com um patrimônio R$ 1,2 bilhão segurado deve ter rendido a Interbrazil R$ 25 milhões ao ano.As provasQuem tiver a paciência para enfrentar a navegação lerda da Celepar vai encontrar no site oficial “Gestão do Dinheiro Público” (www.gestaodinheiropublico.pr.gov.br) provas que o governo Requião, através de Eduardo Requião, superintendente da APPA, entregou nas mãos da suspeitíssima Interbrazil os seguros dos Portos de Paranaguá e Antonina.Dados referentes ao ano de 2004 dão detalhes desse seguro. A Interbrazil, empresa de CNPJ 75115436/0001-25, contratou com a APPA a apólice número 1.04.01.200312-710.000018/000. O total pago pela APPA a Interbrazil naquele ano foi de R$ 682.000,00 divididos em quatro parcelas de R$ 170.499,97. Site Gestão do Dinheiro Público confirma que a APPA segurou em 2004 seu patrimônio na Interbrazil Seguradora S/A:(http://www.gestaodinheiropublico.pr.gov.br/Gestao/gastos/ConsultaPagamentos.jsp) Liderança da OposiçãoFone 3350-4193Sonia e Miguel