Presidente da Comissão de Igualdade Racial aponta erro e questiona Gaeco sobre classificação do quesito raça-cor O deputado Renato Freitas (PT) pede que o Gaeco adote a mesma metodologia de nomenclatura e análise de dados do IBGE para a correta avaliação dos dados divulgados pela instituição.

15/09/2023 09h54 | por Assessoria Parlamentar
"É fundamental utilizar terminologia respeitosa e sensível ao discutir questões relacionadas a raça e etnia. Além disso, é fundamental reconhecer a diversidade étnica -racial, bem como a importância de combater o racismo e a discriminação", explica Freitas.

"É fundamental utilizar terminologia respeitosa e sensível ao discutir questões relacionadas a raça e etnia. Além disso, é fundamental reconhecer a diversidade étnica -racial, bem como a importância de combater o racismo e a discriminação", explica Freitas.Créditos: Orlando Kissner/Alep

"É fundamental utilizar terminologia respeitosa e sensível ao discutir questões relacionadas a raça e etnia. Além disso, é fundamental reconhecer a diversidade étnica -racial, bem como a importância de combater o racismo e a discriminação", explica Freitas.

O presidente da Comissão de Igualdade Racial da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Renato Freitas, questionou nesta quinta-feira (14), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná (Gaeco) sobre a nomenclatura dos dados do quesito raça-cor utilizado na divulgação do balanço das mortes registradas em confrontos com as forças estaduais de segurança no Paraná, divulgado na última terça-feira (12), em Curitiba, e pede ao Gaeco que adote a mesma metodologia de nomenclatura do IBGE para a correta avaliação dos números divulgados pela instituição.

De acordo com o deputado, o relatório informa o número de mortes por cor/etnia, com a seguinte divisão: “Quanto à cor das vítimas, 79 eram pardas (50%), 7 eram negras (4,4%) e 72, brancas (45,6%). “A nomenclatura está errada”, afirma o deputado que complementa. "O IBGE possui um critério de coleta de dados que assegura que os resultados sejam representativos da população brasileira como um todo e o IBGE utiliza os seguintes termos: Branco, Preto, Pardo, Amarelo e Indígena. Esses termos são importantes para compreender a diversidade étnico-racial do nosso do Brasil e do estado do Paraná”, afirma Freitas.

Conforme o trecho destacado no relatório o número de pessoas negras aparece de forma equivocada subdividida em “pardos” e “negros” respectivamente, quando o correto para estruturação da classificação por cor seria: pretas e pardas.  Os demais grupos étnico-raciais estão corretamente determinados. “É importante destacar que existe uma divergência de nomenclatura que dificulta uma interpretação fidedigna dos fatos a partir dos dados. É importante destacar que a população negra é constituída de pretos e pardos”, disse.

Para contexto, o termo negro refere-se geralmente a pessoas com origens africanas ou afrodescendentes. No Brasil é uma categoria étnico-racial reconhecida e utilizada para fins de autodeclaração e heteroidentificação. O adjetivo pardo refere-se a pessoas que são fruto de uma mistura de ascendência étnica, frequentemente incluindo origens africanas, indígenas e/ou européias. É outra categoria étnico-racial o qual se observa traços fenotípicos de afrodescendentes e insere pardos a essa categoria de pessoas negras. O adjetivo preto é usado para descrever pessoas de ascendência africana ou afrodescendentes.

"É fundamental utilizar terminologia respeitosa e sensível ao discutir questões relacionadas a raça e etnia. Além disso, é fundamental reconhecer a diversidade étnica -racial, bem como a importância de combater o racismo e a discriminação. Neste sentido, requeremos que o Gaeco adote a mesma metodologia de nomenclatura e análise de dados do IBGE para a correta avaliação dos dados divulgados pela instituição e conseguirmos pensar políticas públicas que reduzam os altos índices de violência no estado do Paraná”, finalizou o deputado.

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