Rossoni Diz que Requião Tenta ‘pintar o Paraná de Cor de Rosa’

22/02/2005 16h14 | por Assessoria da Oposição
ROSSONI DIZ QUE REQUIÃO TENTA‘PINTAR O PARANÁ DE COR DE ROSA’ O deputado Valdir Rossoni (PSDB) fez hoje (22) o mais contundente pronunciamento dos últimos dois anos em relação ao governo Roberto Requião. O deputado começou classificando o discurso do governador, na semana passada, na reabertura da Assembléia Legislativa, de uma tentativa de “pintar o Paraná de cor de rosa”. “O governador divaga sobre o que não conhece e condena o que não sabe”, afirmou Rossoni. Recheado com citações autores que vão de Maquiavel a Homero, passando pela crônica “Os bruxos que nos governam”, de Airo Zamoner, e por Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, primeiro aspone do império brasileiro, o discurso promoveu o resgate dos problemas que o governo enfrenta na educação, na saúde, no saneamento básico, na segurança pública, nas rodovias, na habitação e na economia. Rossoni acusou Requião de governar “com os olhos no espelho retrovisor”, correndo o risco de “errar a estrada e cair no desvio da história, sem nada deixar de útil para a sociedade”. Segundo o deputado, “o governador faz da agressividade a sua marca registrada e do ataque aos adversários políticos, um discurso que se repete a toda hora, feito realejo fatigante”. O deputado tucano criticou a versão do governador de que o Estado “retomou o controle da Sanepar”. “A composição acionária da Sanepar continua exatamente igual e em 2003 teve R$ 260 milhões de lucro”, lembrou. O Estado detém 59% das ações da Sanepar, contra 41% de investidores privados. “Eu desconfio que o discurso do controle público serve apenas para que o governador nomeie livremente os diretores da empresa, como acontece agora com a indicação de Péricles de Mello, ex-prefeito de Ponta Grossa, para a Diretoria Administrativa, e de Heitor Wallace de Mello e Silva, primo do governador, para a Diretoria de Investimentos”, disse Rossoni. De acordo com o deputado, o governo está desviando neste ano R$ 300 milhões da saúde, com a contabilização de gastos com saneamento básico e com o plano de saúde dos servidores como se fossem investimentos diretos no sistema público de saúde. Na educação, Rossoni revelou que 20 das 25 obras contratadas no último trimestre de 2004 pela Fundepar foram sem licitação, levantando suspeitas sobre o processo. Mesmo assim, as obras ainda não foram concluídas e cerca de 5 mil alunos estão sem aulas em todo o Estado. Na segurança pública, o deputado lembrou que o Estado fez 1.200 contratações de policiais militares nos últimos dois anos, mas pelo menos 1.000 policiais foram excluídos do serviço, por aposentadoria, demissão voluntária, morte ou expulsão por desvio de conduta. “O governo desativou a Patrulha Rural, criada em 1995, e pelo menos 24 roubos de máquinas agrícolas foram registrados nos últimos dois meses na região dos Campos Gerais”, afirmou. Pedágio - Sobre o pedágio, Rossoni voltou a cobrar o cumprimento da promessa eleitoral do governador Requião de baixar ou acabar com as tarifas. “No seu primeiro governo (1991-1994), ele mandou colocar placas para justificar os buracos de nossas principais rodovias, dizendo que a responsabilidade de manutenção era do governo federal. Agora, o pedágio subiu em média 18% nos últimos dois anos e o governador continua no palanque eleitoral, fazendo discurso. Até parece que ele não é o governador há mais de dois anos”, criticou o deputado. Rossoni também fez um balanço da área habitacional, lembrando que o governador prometeu na campanha construir 200 mil casas em quatro anos. “Até agora foram construídas apenas 2.990 casas, segundo o balanço da Cohapar publicado na Internet”, revelou o deputado. “São 822 moradias do programa Casa da Família, 80 moradas das Vilas Rurais e 2.088 moradias do programa Casa Feliz, criado pelo governo anterior”, contabilizou. “Considerando a promessa eleitoral e os números da Cohapar, o governador Requião está devendo aos paranaenses exatamente 197.010 casas populares. Não acredito que vá cumprir a promessa”, afirmou Rossoni. O deputado lembrou ainda das críticas que o governador vem fazendo à Renault, que já teria gerado R$ 650 milhões em ICMS, mas recolhidos apenas R$ 2 milhões ao Estado. “Esse é o maior atestado que o governador poderia dar sobre o acerto da política industrial praticada pelo governo anterior”, afirmou Valdir Rossoni. “Esse dinheiro será recolhido aos cofres públicos no futuro, quando terminar o prazo dado para o pagamento do ICMS.” Segundo o deputado, “nada foi dado de graça à Renault” e a montadora pagará, assim como a Chrysler pagou à vista R$ 106 milhões, quando fechou sua fábrica de Campo Largo, em 2001. “O governo anterior se pautava pela política de gerar empregos à vista e imposto a prazo. A crítica do governador Requião é choro de quem não tem competência para atrair investimentos para o Paraná”, disse Rossoni. Esperteza - No encerramento de seu pronunciamento, Valdir Rossoni ainda citou o jornalista Joel Silveira, que pautou sua vida pela independência em relação aos poderosos. “O perigo nesses senhores do governo é quando substituem a competência que lhes falta pela esperteza que lhes sobra”, afirmou o deputado, reproduzindo as palavras do jornalista. E, baseado na força do guerreiro troiano Enéias, da poesia de Homero, o deputado renovou seu compromisso como opositor do governador Requião. “Não conseguirás, com palavras, afastar-me de minha ânsia de combater”, concluiu.INFORMAÇÕES: (41) 350-4193LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO

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