
A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) cobrou explicações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) sobre a possível integração do estado ao novo Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), ferramenta lançada pelo Ministério da Justiça para unificar e agilizar o registro de casos em todo o país. Em requerimento, ela solicitou informações sobre o cronograma, os critérios e o status da adesão paranaense ao sistema, destacando a importância do banco de dados para fortalecer as buscas e políticas de proteção às vítimas.
O CNPD foi criado com a proposta de unificar as informações sobre pessoas desaparecidas no país, permitindo o cruzamento de dados entre diferentes estados e aprimorando a cooperação entre os órgãos de segurança pública.
O sistema conta com duas interfaces: uma voltada aos profissionais da área, com acesso a informações detalhadas dos boletins de ocorrência, e outra pública, que permite à sociedade acompanhar casos autorizados pelas famílias e validados por agentes de segurança.
Segundo o Ministério, a iniciativa responde a uma demanda social crescente por maior eficácia na apuração dos casos de desaparecimento.
Até o momento, já foram inseridos mais de 86 mil registros de desaparecimentos e 28 mil de pessoas localizadas. Doze estados já aderiram oficialmente ao sistema: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Luciana destaca que a adesão ao CNPD é essencial para que o Paraná avance no enfrentamento ao desaparecimento de pessoas. “Essa ferramenta pode representar um grande avanço na busca por desaparecidos e no apoio às famílias. Precisamos saber se o Paraná está integrado a esse esforço nacional ou se há pendências a serem superadas”, afirmou.