O deputado Marcelo Rangel, líder do PPS na Assembléia Legislativa, está questionando o Instituto Ambiental do Paraná – IAP sobre a rápida emissão de uma licença ambiental para a exploração de área na região do Botuquara, em Ponta Grossa, para o acondicionamento do lixo. “Este assunto está sendo largamente discutido pela população de Ponta Grossa durante a Semana do Meio Ambiente e é preciso que o IAP justifique como conseguiu em prazo recorde esta liberação sem nunca ter consultado técnicos do setor e a Universidade Estadual de Ponta Grossa, que possui mestres no assunto”.A preocupação de Rangel se estende também ao fato de que muito se comenta que o lixo de Curitiba e Região Metropolitana serão transferidos para Ponta Grossa. “Fico reticente porque sei que a licença ambiental para um aterro sanitário é uma decisão com muitas implicações legais e ecológicas. Quero saber se o IAP terá inteira responsabilidade e nos dá garantia de que os lençóis freáticos da Região do Botuquara não serão prejudicados com o depósito e manejo de lixo”.Rangel questiona também a falta de qualquer participação comunitária da população de Ponta Grossa e dos Campos Gerais. “Qual é a viabilidade técnica dessa licença, quem assina esse laudo e por que não foram consultados professores e especialistas da região neste assunto?”, indaga o deputado.“Precisamos evitar que Ponta Grossa se torne um depósito de lixo de Curitiba”, disse o deputado. “Se a Região Metropolitana de Curitiba tem os seus problemas, que se encontre uma alternativa mais plausível, como a reciclagem, evitando-se a transferência para Ponta Grossa ou para outro município qualquer”.