Mães relatam experiências de superação e amor incondicional

08/05/2015 16h26 | por Eduardo Santana
Cláudia Russi Farah, mãe e servidora da Alep.

Cláudia Russi Farah, mãe e servidora da Alep. Créditos: Dálie Felberg

Cláudia Russi Farah, mãe e servidora da Alep.

Andréa Silvério Martino, mãe e servidora da Alep. Créditos: Dálie Felberg

Andréa Silvério Martino, mãe e servidora da Alep.
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Superação, dedicação e amor incondicional. São essas as palavras que podem definir a relação que as servidoras públicas da Assembleia Legislativa, Cláudia Russi Farah e Andréa Silvério Martino, que trabalham na Procuradoria da Casa, têm com seus filhos. Além de cada uma ter três filhos, as advogadas têm em comum o fato de serem mães de crianças especiais.

Cláudia é mãe de Lucas, de 21 anos, e das gêmeas Eduarda e Manuela, de 14. A segunda das meninas é portadora da Síndrome de Down. “Quando a Manuela nasceu foi um choque porque não tínhamos conhecimento do que realmente se tratava. Mesmo assim, partimos e fomos à luta para ver o que era de fato essa situação. Desde então, a nossa família se tornou mais unida e desde que a Manuela chegou, ela só uniu cada vez mais nossa família, tanto irmãos quanto avós”, conta.

Ela afirma que a criança especial desperta um amor incondicional, que muitas pessoas pensam que não existe dentro delas. “Eu costumo dizer que uma mãe ama todos os filhos, mas a criança especial me despertou um amor que eu não conhecia. Eu só consegui esse tipo de amor pela Manuela justamente por causa da pureza que uma criança com Síndrome de Down tem e que acredito que todas as crianças especiais tenham”, conta.

A advogada ainda afirma que no começo se chateava com o preconceito, olhares diferentes, mas ela sempre soube que a filha Manuela era tão capaz quanto as outras crianças. “As pessoas tendem a olhar com pena para nós, porque pensam que é um problema. E não é. É um presente. É algo que despertou em mim, despertou na minha família e desperta nas outras pessoas uma parte mais uma humana, que está sendo esquecida. Mas hoje as pessoas olham diferente, mas com pureza e é isso que a Manuela desperta nas pessoas”, ressalta.

“Mesmo as mães que erram, elas sempre querem acertar. Existe sempre o amor. Eu não acredito que não exista amor na relação de uma mãe com um filho. Existe erro e imaturidade, ou até falta de condições. Essa é minha mensagem. As mães têm que ser parabenizadas, pois elas são a célula da família”, ressalta.

Uma vitória a cada dia – A advogada Andréa Silvério Martino é mãe da Ana, de 21 anos, da Isadora, de 15 anos, e da Isabela, de 8 anos. A filha do meio é autista e tem dificuldades motoras devido a problemas ocorridos durante a gestação. Andréa conta que o amor por um filho especial é diferente de tudo o que ela havia sentido até então. “É uma coisa que a gente não sabe explicar. É diferente. O amor que a mãe tem por um filho é muito grande. Mas o amor que uma mãe aprende a ter por um filho especial é uma coisa que a gente não consegue explicar direito”, afirma.

Andréa conta que, junto com a família, comemora cada avanço que a Isadora conquista. “Cada dia ela está melhor. Hoje ela já entende as piadas internas de casa e ri junto com a gente. Pra uma autista fazer isso, pra mim, é uma vitória, pois desde que ela nasceu a gente já ouviu muita coisa sobre ‘como ela ia morrer’ ou ia ‘viver como vegetal’. E por isso a gente comemora muito cada avanço que a Isadora tem. É uma vitória a cada dia. A luta que a gente tem e a resposta que a criança dá é algo muito emocionante”, diz.

“A mãe deve respeitar o limite e o espaço dos filhos. Nós não fazemos o filho pra gente. Nós fazemos o filho para o mundo. E a gente tem que ensiná-los a andar sozinhos e respeitar a vontade, o limite e a decisão deles. E apoiá-los sempre”, conclui Andréa.

 

 

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