“A demissão de Sérgio Botto de Lacerda da presidência dos conselhos administrativos da Paranaprevidência e da Elejor se tornou inevitável depois que se tornou pública sua disposição de atuar contra os interesses do estado e em benefício da multinacional francesa Vivendi”. A declaração é do deputado Ademar Traiano (PSDB), o deputado que fez as cobranças mais duras às posições de Sérgio Botto de Lacerda reveladas pelo jornalista Celso Nascimento. Traiano avaliou, no dia 29, que as negociações de Botto para defender os interesses da Vivendi, “configuram um crime que pode ser enquadrado no Código Penal e deve ser punido”. O deputado prosseguiu afirmando que "como ex-procurador, ele jamais poderia admitir a possibilidade de atuar a favor da Vivendi. Até pouco tempo ele patrocinou ações do governo contra a Dominó e foi ele quem assinou o ato que tirou o poder da Dominó na Sanepar. É inadmissível essa postura". O deputado observou ainda no dia 29 que a atitude de Botto feria o Artigo 20 do Código de Ética da OAB e também o Artigo 355 do Código Penal. Na ocasião Traiano observou que não restava outra alternativa a Botto que deixar os cargos que ocupava no governo. "O ex-procurador fica sob suspeita em suas ações no governo. O correto seria que o Botto renunciasse seus cargos no conselho da Elejor e também na ParanaPrevidência sob pena de colocar em xeque qualquer ato que tenha participado, já que não sabemos a favor de quem ele está atuando".