A saída dos quase 8,3 mil médicos cubanos do programa Mais Médicos compromete o atendimento à saúde primária pública em todo o país. A gravidade da situação pode ser exemplificada em Ponta Grossa, que perdeu 75% dos profissionais. Diante deste cenário, o deputado estadual Marcio Pauliki (SD) esteve esta semana em Brasília requerendo atenção especial das autoridades federais para a região em que atua.
“Mesmo com os prefeitos tentando remanejar profissionais para tentar amenizar a situação, em alguns casos, como Ponta Grossa, a alta dependência dos médicos cubanos fez com que a área de saúde básica do município ficasse totalmente refém destes profissionais, que agora deverão retornar ao seu país”, enfatiza Pauliki.
Como base de comparação, conforme aponta o edital do programa Mais Médicos publicado esta semana, algumas cidades como Londrina irão repor dez profissionais; Foz do Iguaçu, seis; e Curitiba, cinco. A necessidade de reposição de Ponta Grossa é de 56 novos médicos. “Das 458 inscrições abertas pelo governo federal esta semana para 176 municípios paranaenses, mais de 12% é apenas para Ponta Grossa. Por isso, estamos reforçando às autoridades federais uma atenção e dedicação maior à nossa questão local”, ressalta Pauliki.
“Recebemos a preocupação legítima do deputado Pauliki e imediatamente tomamos providências mais específicas para sua região, através do Ministério da Saúde”, relata Carlos Henrique Sobral, da Secretaria de Governo da Presidência da República.