A Assembleia Legislativa reuniu nesta quarta-feira (18), representantes de vários setores para debater sobre política estadual de mudanças climáticas, que vem sendo tratada há dois anos no Estado. Durante o evento, promovido em parceria com o Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, foram discutidas questões que farão parte de uma minuta de um anteprojeto de lei que será enviado ao Poder Executivo. A ideia é que se aprovadas pelo governo, as sugestões possam ser votadas na Assembleia, na forma de um projeto de lei que instituirá a política.O anteprojeto prevê, inicialmente, a realização de um inventário que mostrará quem são os poluidores paranaenses e quanto eles contribuem para prejudicar o meio ambiente no Estado. “Este é o ponto de partida. A partir desses dados, devem ser implantadas medidas que possam reduzir a emissão de poluentes”, explicou Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia, proponente da audiência.Seguindo a meta do país, que será apresentada em Copenhagen, em dezembro, durante a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas, o Paraná também pretende reduzir em 40% as emissões de gases que provocam o aquecimento global. Um dos mecanismos propostos por Cheida para se alcançar essa meta é o pagamento por serviços ambientais. “A ideia é que as pessoas que desenvolverem ações em favor do meio ambiente possam ser beneficiadas”, disse. Outra proposta é a implantação de uma lei que garante a preservação. Manyu Chang, secretária-executiva do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais e coordenadora de Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), disse que o Paraná precisa se preparar para o que ela considera ser uma difícil tarefa. Ela acredita que a saída está na redução do desmatamento, na diminuição das emissões de gazes poluentes e no uso de biocombustíveis. Ela sugere ainda o desenvolvimento de campanhas educativas para conscientizar as pessoas sobre como preservar e sobre os riscos do aquecimento global. Participaram ainda da audiência o promotor do Centro de Apoio às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Robertson Fonseca de Azevedo; a procuradora do Estado, Heloísa Bot Borges; a procuradora do Estado e chefe da Procuradoria de Proteção Ambiental, Ana Cláudia Benta Graf e o deputado Reni Pereira (PSB). A audiência contou ainda com a presença de representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), da Companhia Paranaense de Energia (Copel), do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).UFPR – a Assembleia também promoveu nesta quarta-feira, no Plenário da Casa, outra audiência pública, desta vez para apresentar os projetos e desafios da UFPR-Litoral, que tem sede em Matinhos. Proposta pelo deputado Péricles de Mello (PT), a audiência teve o objetivo de discutir o assunto com a comunidade acadêmica de professores e alunos e mostrar à sociedade paranaense, os avanços, conquistas e propostas da instituição para a região. Durante a audiência, o diretor da UFPR-Litoral, Valdo José Cavallet, fez uma apresentação da grade de todos os cursos oferecidos pela instituição, das ações planejadas em conjunto com a comunidade, dos projetos futuros de expansão, além de resgatar a história de implantação do setor litoral da UFPR.