CPI das Tarifas Portuárias entra na reta final das investigações

26/09/2017 14h52 | por Kharina Guimarães
Podcast
((Descrição do áudio))

A Comissão Parlamentar de Inquérito das Tarifas Portuárias da Assembleia Legislativa do Paraná entrou na reta final das investigações. A primeira fase de depoimentos definida pelos deputados foi encerrada nesta terça-feira (26) com a presença do diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Luiz Henrique Dividino. O responsável pela gestão dos portos paranaenses prestou esclarecimentos sobre a composição tarifária, os problemas financeiros enfrentados pela APPA no passado e os investimentos tanto no porto como na cidade de Paranaguá.

Segundo Dividino, uma somatória de fatores contribuiu para o que o porto enfrentasse problemas financeiros e não tivesse capacidade de realizar investimentos no passado. O desequilíbrio na reposição da inflação é um dos motivos. Enquanto serviços e outras despesas do porto tiveram um reajuste médio de 350% em vinte anos, as tarifas cobradas para operação em Paranaguá aumentaram pouco mais de 80% no mesmo período. Desequilíbrio agravado pelas inúmeras demandas judiciais da APPA. Em duas décadas, foram pagos R$ 1,3 bilhões em passivos trabalhistas. Para o diretor-presidente da APPA, as tentativas de recomposição tarifária tinham como objetivo equilibrar as contas e, por isso, os valores depositados judicialmente pertencem ao porto.

Sonora

Desde 2007, 30% da tarifa cobrada pelo porto é depositada em uma conta judicial, cumprindo determinação da justiça. O Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (Sindop) questiona a recomposição tarifária determinada na época e outras duas readequações dos valores propostas pela APPA. De acordo com Dividino, as propostas de 2015 e 2016 seguem as regras estabelecidas pela agência reguladora e, ainda assim, mantem a tarifa de Paranaguá até 35% mais barata na comparação com os valores praticados no Porto de Santos. Hoje, a tarifa portuária em uma operação de descarga de fertilizantes, por exemplo, representa 7% do valor total cobrado pelos operadores.

Para o presidente da CPI, deputado Fernando Scanavaca (PDT), todas essas questões precisam ser consideradas para a formulação de um bom acordo que dê fim ao impasse judicial.

Sonora

O diretor-presidente da APPA afirmou que um acordo é possível, mas que a decisão é do Conselho de Administração do porto. Os recursos, hoje parados, seriam investimentos em melhorias tanto na área do porto como na cidade, com adequação de acessos e construção de vias marginais. Dividino destacou a atuação dos deputados estaduais em intermediar uma solução para o problema.

Sonora

O responsável pela gestão dos portos paranaenses ressaltou ainda que apesar das indefinições em torno da tarifa, o Porto de Paranaguá não está operando no vermelho e tem utilizado o montante acumulado ao longo dos sete anos em que não foram realizados nenhum investimento para manter as contas em dia e dar andamento a novos projetos. Agora os deputados aguardam o envio das repostas a todos os ofícios encaminhados pela CPI para definir a necessidade de algum novo depoimento ou se concentram as atividades na elaboração do relatório final.

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.

Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação