Deputado Péricles de Mello (pt)

10/09/2009 08h54 | por Luis Otávio Dias / DRT/PR 5871 / 41 3350-4250 - 9621-2141
Uma audiência pública para debater a implantação do aterro sanitário em Ponta Grossa está programada para se realizar no final deste mês de setembro, em local ainda a ser definido. O anúncio foi feito pelo deputado estadual Péricles de Mello (PT) durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, dia 9. A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia confirmou a data em resposta a requerimento apresentado por Péricles.O deputado disse que uma das maiores inquietações da comunidade e de representantes de entidades de Ponta Grossa, sobre a implantação do aterro, se deve ao local escolhido para o empreendimento. Em seu discurso, Péricles apresentou dados de um estudo feito pelo professor e geólogo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Mário Sérgio de Melo, demonstrando que o terreno está dentro da área de proteção ambiental da Escarpa Devoniana, junto ao Parque Municipal do Capão da Onça, próximo ao Parque Nacional dos Campos Gerais; região de rico patrimônio ambiental e natural.O deputado salientou ainda que o local fica às margens do Rio Verde que é uma sub-bacia do Rio Pitangui, manancial de água que abastece a cidade, o que pode levar à contaminação de lençóis freáticos e córregos adjacentes. “Trata-se de uma das regiões mais belas de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, do Rio Verde e do Rio São Jorge. Região de uma beleza cênica de potencial turístico. Espanta a toda comunidade que o aterro seja feito exatamente nesse local”, completou PériclesOutra questão levantada pelo deputado, e que justifica a realização de um debate mais amplo sobre o caso, é de que com a primeira fase das obras concluídas (primeira célula), o aterro estaria preparado para receber três mil toneladas de lixo por dia, enquanto Ponta Grossa produz atualmente cerca de 160 toneladas/dia. Uma preocupação da população, segundo Péricles, é de que Ponta Grossa poderá receber lixo de outros municípios, devido tamanha capacidade prevista com o novo aterro. A legislação municipal prevê que o aterro seja explorado por empresa privada, permitindo tal conduta. Péricles alertou que a capacidade do aterro comparta o lixo de todas as cidades dos Campos Gerais. “Por motivos como esse é que forças vivas de Ponta Grossa começam a se manifestar, como foi o caso do manifesto elaborado por 16 entidades representativas de Ponta Grossa, questionando a legalidade de implantação da obra na cidade”, reforça o deputado. O manifesto foi lido por Péricles na semana passada em plenário. Com o relatório em mãos, Péricles enfatizou que o local está sobre áreas de proteção permanente (nascentes) que supostamente foram apagadas do mapa do processo para não caracterizar crime ambiental, quando o laudo foi analisado pelos órgãos ambientais competentes. O deputado espera contar com a participação do Instituo Ambiental do Paraná (IAP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Instituto Chico Mendes e de todas as entidades respeitadas pelo setor ambiental para debater o caso na audiência pública, que será presidida pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB).

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