Deputado Renato Freitas (PT) cobra que empresa dona de aterro sanitário na CIC volte a negociar com comunidade O parlamentar cobrou que a Essencis retome as negociações com as 70 famílias da ocupação Tiradentes II, que são objeto de ação de reintegração de posse por parte da empresa.

28/09/2023 16h08 | por Assessoria Parlamentar
O deputado Renato Freitas (PT) é presidente da Comissão de Igualdade Racial e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua da Assembleia Legislativa do Paraná.

O deputado Renato Freitas (PT) é presidente da Comissão de Igualdade Racial e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua da Assembleia Legislativa do Paraná.Créditos: Valdir Amaral/Alep

O deputado Renato Freitas (PT) é presidente da Comissão de Igualdade Racial e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua da Assembleia Legislativa do Paraná.

O deputado estadual, presidente da Comissão de Igualdade Racial e também coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da População em Situação de Rua da Assembleia Legislativa do Paraná, Renato Freitas (PT), cobrou nesta quinta-feira (28) que a empresa Essencis volte a negociar com as 70 famílias que ocupam o terreno na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Hoje pela manhã, os moradores e representantes de movimentos sociais ocuparam a entrada da empresa e impediram que alguns caminhões de lixo saíssem do local. A ação é uma resposta ao pedido de reforço policial feito pela Essencis para que os moradores deixem o terreno. Já no final da manhã, após uma sinalização do Poder Judiciário de que a empresa poderá voltar a negociar com os moradores, os ocupantes liberaram a entrada da empresa.

A empresa é integrante do grupo Solvi, que atua no ramo de tratamento e destinação de resíduos em mais de 250 cidades brasileiras. Segundo dados da Prefeitura de Curitiba, a unidade da Essencis na CIC, conta com um aterro sanitário que recebe parte dos resíduos gerados pela capital, com cerca de 200 toneladas de lixo por dia.

Próximo ao local existe a ocupação Tiradentes II, onde vivem cerca de 70 famílias e são objeto de ação de reintegração de posse por parte da empresa. A ocupação é vizinha das comunidades Sabará, São Miguel e Moradias Corbélia, que também vivenciam o dia a dia do aterro e da Estação de Tratamento de Água do Passaúna, atendida pela Sanepar.

Audiência Pública

Em maio desse ano, Renato Freitas comandou uma audiência pública na Assembleia para discutir com a população os impactos sociais e ambientais do aterro sanitário. “Os impactos sociais e ambientais no perímetro urbano da cidade e ao lado de uma estação de tratamento de água da Sanepar compromete a saúde de todos os curitibanos, não só dos vizinhos, mas daqueles que consomem a água da Sanepar”, afirmou Renato.

Andreia da Silva é uma das moradoras da comunidade. Indignada e com medo de não ter para onde ir com a família, pede que o poder público resolva esse impasse e garanta a permanência das famílias de maneira digna. “Eles querem tirar a gente da nossa casa para ficar com esse lixão aqui. Será que é certo uma mãe de família perder a sua casa para dar lugar a mais um lixão? Além da ameaça que sentimos diariamente de perder o nosso lar, precisamos conviver com todo o tipo de resíduo, inclusive lixo hospitalar”, disse.

Pedro Gonçalves é outro morador da comunidade e confessa que tem dias que ele perde o sono com medo de acordar e não ter onde morar. “A gente vem de longe para buscar uma vida melhor para a família, mas agora querem tirar a nossa casa. Não vamos deixar porque estamos lutando pela nossa moradia e temos o direito de morar”, afirmou.

Para o deputado Renato Freitas, a Essencis não poderia ter feito o pedido de reforço policial para a reintegração de posse sem antes conversar com os moradores. Segundo ele, o diálogo estava aberto e a empresa se atravessou e pediu o reforço policial nos autos do processo enquanto ainda negociava com as pessoas. “Isso é inaceitável, uma tremenda falta de respeito com a vida dessas pessoas, o que agrava ainda mais a situação de vulnerabilidade que eles já vivem. Queremos que a empresa e o poder público resolvam essa situação de forma definitiva”, defendeu Freitas.

O histórico de irregularidades da Essencis é antigo. Em 2014, o Ministério Público do Paraná moveu uma ação pública para cobrar que a empresa faça o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) que está desconforme desde 2010, sem resolução até hoje.

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