Sem funçãoHá 3 anos a assembléia não vota uma única suplementação orçamentária. O fato foi levantado pelos deputados da Oposição, Valdir Rossoni (PSDB) e Durval Amaral (PFL). E tudo indica que esta rotina vai continuar, porque o governo conseguiu o limite de 10% de remanejamento de verbas no orçamento de 2006, o suficiente para não ter que recorrer à assembléia. Rossoni lembrou que o papel do Parlamento, além de fiscalizar é também de acompanhar a execução orçamentária. “Se o governador tem todos os poderes então para que existe assembléia?”, questionou. CobrançaDepois da polêmica sobre o percentual de remanejamento das verbas do orçamento, que subiu de 5% para 10% depois de uma visita do secretário de Planejamento, Reinhold Stephanes à assembléia, sobrou chumbo grosso para a Comissão de Orçamento. A bancada de oposição não perdoou: “a Comissão de Orçamento visitou o Estado o inteiro, fez um belo trabalho, mas infelizmente, na hora de fazer a redação do substitutivo pecou”, cobrou o líder da bancada Valdir Rossoni. DesrespeitoTeve deputado que não ficou contrafeito com a manobra mas preferiu detonar o governo, pelo desrespeito às emendas dos parlamentares. “Eu não apresentei emenda para não criar falsa expectativa, porque o governo faz o que quer mesmo do orçamento”, desabafou o deputado José Domingos Scarpellini (PSB). LerdezaA demora do governo em responder os questionamentos da Oposição já está encontrando solidariedade dentro da própria base governista. No último dia de sessões do ano, o deputado Bradock (PMDB), se viu obrigado a concordar com os seus colegas Élio Rusch (PFL) e Luis Carlos Martins (PDT), que reclamavam da falta de presteza do governo em dar informações sobre o programa Luz Fraterna. “Peço desculpas pela Casa Civil não ter sido mais rápida nas respostas”, justificou Bradock. Oposição“Se eu soubesse que era tão bom ser deputado de oposição, já teria sido antes, porque certamente estou me realizando”, disse o deputado Valdir Rossoni (PSDB), na sessão que encerrou o ano legislativo. Rossoni, que já foi líder do governo passado e hoje comanda a bancada de oposição, disse que agora se sente mais à vontade. “Cada vez que consigo criar polêmica sobre um projeto fico realizado porque é importante criar um clima de debate nesta Casa”, avaliou Rossoni.